As UTIs de Gravataí, covid e não covid, estão lotadas. Reputo que a ‘ideologia dos números’ desta manhã não recomenda ao governo Marco Alba reabrir bares, pubs, futebol e aumentar o número de trabalhadores na indústria, como tratei ontem em Gravataí quer abrir bares, pubs e futebol; aula só em outubro.
Na UTI não-covid do Hospital Dom João Becker há 18 pacientes para 9 leitos. Na emergência são 35 pacientes para 14 leitos. Nos leitos covid, são 11 pacientes para 10 leitos de observação, mais os 12 leitos intermediários lotados e 9 dos 10 leitos de UTI ocupados.
A ocupação é pior do que mostrei em 26 de agosto em Nem fim da pandemia resolve emergência superlotada no Hospital de Gravataí.
Ontem, deu na RBS: Pelo segundo dia consecutivo, UTIs de Porto Alegre batem recorde de internações de pacientes com COVID-19.
Nesta manhã Gravataí chegou a 3.277 casos da COVID-19, com 2.248 recuperados e 107 vidas perdidas – a mais recente um funcionário da Prometeon, uma das grandes indústrias que, da mesma forma que a GM, a Pirelli e etc. não se tem notícia de testes em massa quando ocorrem casos de infecção pelo novo coronavírus.
Ao fim, quando comento que é ‘salve-se quem puder’ e ‘cada um por si e um leito para todos’, não é por torcida ou secação. São os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos. A pandemia cansou, mesmo que a incidência de contágio siga em um ‘platô’ da altura do Morro Itacolomi, e gravataienses sigam morrendo, agora não mais 2 por dia, mas ‘apenas’ 1.
Como já conclui em Caiu um Airbus…, “é como se, em meio à uma guerra, estivéssemos nos acostumando aos bombardeios – e, mesmo testemunhando a tragédia do vizinho, resolvêssemos sair para comemorar mais um dia vivo tomando umas cervejas”.
O 'modelo sueco', de cada um se cuidando, não funcionou lá, funcionaria aqui?
Como Dr. Stockmann, de Um Inimigo do Povo, de Ibsen, denuncio.
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