opinião

Vaza, juiz Moro; fica o corrupto de estimação

Sérgio Moro, ministro da Justiça

Jornalões e jornalistões brasileiros pediram para Sérgio Moro sair do governo Jair Bolsonaro, quando chegou o escândalo do Telegram.

Não concordo.

Ainda mais lendo agora nova reportagem do Intercept Brasil, que você acompanha na íntegra, e de forma gratuita, clicando aqui.

Moro não tem que sair do governo.

Esse Moro é a cara do governo ideologizado do ‘mito’!

Esse Moro não é STF, é SBT; esse Moro não é David Letterman, é Ratinho.

Quem já vazou do panteão nacional foi o ‘juiz Moro’, o ‘herói nacional’.

(agarre-se ao boneco quem quiser acabar como o padre do balão: não literalmente, mas logicamente falando).

Resta em 2019 o Moro político.

Esse Moro fica no governo até que Bolsonaro quiser, como um Cabral, como um Eduardo Cunha, enfim, como um político. 

Como um Lula também, por óbvio, e talvez nos próximos processos com provas – e não convicções.

Bolsonaro já apresentou ao Brasil esse Moro político ao fazê-lo sujar as mãos num jogo do Flamengo. O vaudeville teve direito a meme, que Carluxo, gênio da idiotia da rede social do bananil já previa sine qua non: “se tem jogo do Mengão, tem juiz ladrão!”.

Moro embarcou nos 27 anos de Congresso de Bolsonaro e, em estádio superfaturado para Copa, nem precisou gritar:

– Soooooouuuu, sou políticooooo, com muito orgulho, no coraçããããoooo!

Ali Kamel, se realmente existe, possivelmente surtou na Globo!

– Essa é a velha política! – seria o lamento mais realista da personagem ou holografia.

Não há mais dúvidas, agora que 3% das mensagens, áudios e vídeos foram reveladas pelo site do ‘putão’ Glen Greenwald: Moro conspirou contra Lula; criou o ‘Código Penal Para Lula’. Na parte 7 do Netflix ao qual o ganhador do maior prêmio de jornalismo do mundo, o Pulitzer, nos delicia nesta terça, 18 de junho de 2019, Moro diz para seu Robin, o procurador Deltan Dallagnol, quem deve ou não ir para a guilhotina jacobina da Lava Jato.

FHC não! Diz o político… ops, não, JUIZ MORO!

Por isso, a manchete deste artigo: Vaza, juiz Moro! Porém, fica político Moro!

O que escrevo, obviamente, não para ele, mas para aqueles que compram um cacetinho na mesma Gravataí que eu.

Afinal, faz parte da democracia, e o neopolítico Sérgio Moro experimenta seus dias de Maluf, de Lula, de tantos outros, como um proeminente ‘corrupto de estimação’.

Sim, porque Moro corrompeu o sistema judicial brasileiro. É o padre que comeu a freira, ou a freira que comeu o padre. Não pode! Absurdas podem ser essas regras, mas são os dogmas, é a lei. Alguns têm responsabilidade maior em respeitar a Constituição ‘é verdade esse bilhete’ Federal, e Moro entre eles, mesmo que seja um pequeno transformado em gigante pela opinião que se publica.

Não caia na zona de conforto de delegar aos poderosos de plantão o poder de definir o que é certo ou errado. Os fins justificaram os meios para Hitler, Mussolini e Stalin, para ficar nos três maiores criminosos da história mundial. Aceitar que gente assim avance é dobrar as duas pontas da ferradura até que estrangulem a democracia.

Está tudo uma merda? Ok, ninguém contesta. É um bando de ladrão? Claro! Você escapa? A história mostra que justiçamento não é justiça!

Sempre fui crítico à Lava Jato, não por mania de polemizar, mas porque quebrou com empresas nacionais, coisa que os americanos não fazem. Ladrões na cadeia, ok; 180 mil empregos no lixo, não! Como posso não ser mais crítico ainda quando aqueles que deveriam cumprir as regras optam pela trapaça?

Vaza, juiz Moro!

Se quiser, fique como político.

A política aceita tudo.

E sempre terá seus corruptos de estimação.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade