Printe & Arquive na Nuvem.
A crise no PP de Cachoeirinha coloca em teste a característica contemporizadora do prefeito Cristian Wasem (MDB). O vice-prefeito Delegado João Paulo teria pedido a demissão do vereador e hoje secretário de Segurança Marco Barbosa.
Com exclusividade no Seguinte: revelei a briga entre os dois – cujo estopim foi a filiação pelo Delegado de Juca Soares, vereador cassado e, respondendo processo por supostamente ter a campanha paga por facção criminosa, solto após um ano e dois meses preso – nos artigos Ex-vereador cassado Juca Soares no PP de vice-prefeito, que é delegado, e de secretário da segurança, que é policial civil, consagra o princípio da presunção de inocência em Cachoeirinha, “Juca é filiação do Delegado”, diz Marco Barbosa e Vice-prefeito de Cachoeirinha, Delegado detona: “Marco Barbosa já respondeu processo-crime, me surpreende levantar suspeitas sobre idoneidades”. Vereador responde: “Se uniu ao que combatia”; As armas e a bala achada.
Fontes informaram o Seguinte: sobre o pedido que seria feito pelo vice ao prefeito. Ouvi os envolvidos.
– É uma questão interna. Não gostaria de falar sobre isso ainda – disse o Delegado.
Observe: não negou, nem chamou de fake news os rumores.
– Fico surpreso se acontecer. Por enquanto não gostaria de falar – disse Marco Barbosa.
Pedi uma manifestação oficial do prefeito, mas a assessoria ainda não respondeu.
Concluí assim o último artigo sobre a ‘pauta-bomba’: “a guerra está colocada no PP de Cachoeirinha. Pouco resta a dizer após a bomba que explodiu ontem. As armas estão colocadas – ou quase todas as armas. Não tenha, ou tenha algo a ver, o prefeito Cristian Wasem (MDB) já é vítima de bala achada; política, claro: não há como o governo não ser atingido pela crise no partido do vice e de um dos principais secretários”.
Ao fim, era previsível explodir.
Resta a Cristian associar-se à doutrina de Ellen G. White, cofundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, fé que professa: “Não podemos permitir que diferenças de opinião criem desunião. Tomai o caminho mediano, evitai os extremos”.
Se o pacificador não obtiver êxito, a crise pode se tornar interminável para um governo que tem apenas dois anos para mostrar serviço. Inegável é que há sempre consequências em uma demissão política; muito maiores do que uma simples disputa pela presidência de um partido que até pouco era inexpressivo. No dia seguinte, Marco Barbosa reassume na Câmara. E, lembrem-se do rompimento com o cunhado, o ex-prefeito Miki Breier, quando acha que está certo o vereador não leva ninguém para compadre.