política

Vou disputar candidatura a prefeito na convenção do MDB de Gravataí, diz Jones Martins

Jones Martins, ex-deputado federal

Pela primeira vez, o prefeito confirmou publicamente seu candidato à sucessão, e revelei com exclusividade nesta terça em Zaffa é o candidato do governo à Prefeitura de Gravataí, confirma Marco Alba; a primeira vez.

Na tarde desta quarta o Seguinte: ouviu o ex-deputado federal Jones Martins, o 'ex-número 1', que segue se apresentando como pré-candidato à Prefeitura de Gravataí.

– Me procuraste outras vezes e nunca quis falar porque a crise sanitária e econômica está acima da eleição. Vou falar porque o assunto está colocado – pediu para esclarece o advogado, que voltava de carro de São Paulo, após compromissos profissionais.

Siga trechos.

 

Seguinte: – Vais disputar a convenção como pré-candidato a prefeito?

Jones – Claro. A imprensa ficou eufórica com a saída do Zaffalon do governo, mas é um episódio no calendário eleitoral. Não tenho função pública, então não preciso me desincompatibilizar.

 

Seguinte: Perguntei a Marco Alba se Zaffa é seu candidato a prefeito, e ele respondeu que é o candidato do governo.

Jones – É uma fala do prefeito para a imprensa, mas isso não foi discutido com ninguém. Quem decide é o partido, a convenção partidária. É evidente que a opinião do Marco vale muito. Mas, com todo respeito a ti, que foi o porta voz, é preciso ouvir isso dele no fórum adequado, que é dentro do partido.

 

Seguinte: – O MDB não tratou de candidaturas ainda, internamente, ou com partidos da base de governo?

Jones – Nem uma coisa, nem outra. Passada essa fase de desincompatibilização, espero que a presidente Sônia Oliveira comece a reunir o partido, que é a última instância para definir candidaturas. Novamente, com todo respeito a ti, mas a imprensa já tratou Levi (Melo), Sônia (Oliveira), Jean (Torman), Clebes (Mendes), Alan (Vieira), Marcelo Leone e (Alberto) Rebelato como potenciais candidatos. E eu, e o Nadir (Rocha), candidaturas naturais, também. É um partido grande e com opções. Agora o Zaffa aparece como a última dessas opções. Pela imprensa o Marco já teve vários candidatos,

 

Seguinte: Por que continuas na disputa com tantos sinais contrários do prefeito, agora verbalizados na entrevista de ontem?

Jones – Sou candidato natural. Entendo que eu, Nadir, Clebes, Paulinho (da Farmácia) ajudamos a construir esse projeto, e temos condições para representar o MDB como ideia e o governo como modelo de gestão. Modéstia à parte, fui secretário da Saúde com conquistas importantes, quando fui deputado federal Gravataí recebeu recursos como nunca antes, tenho 30 anos de militância partidária, experiência em eleição, em buscar o voto, conversar com as pessoas. Não só eu, mas o Nadir cumpriu um papel extraordinário nas duas vezes em que foi prefeito interino. Em 2017 foi fundamental em uma eleição a qual ganhamos por apenas 4 mil votos.

 

Seguinte: Dos candidatos que citaste como ‘nome da vez’ apontados pela imprensa, só você e Levi tinham sido testados nas urnas. A apresentação de Zaffalon como preferido por Marco Alba não representa que o prefeito aposta em um ‘outsider’, e não quer disputar a eleição com um ‘político’ como candidato?

Jones – Da criação do termo à prática é uma invenção da imprensa. Até porque o Marco é um político antigo, que teve seus altos e baixos, e por isso é conhecido e hoje popular. O próprio Zaffa ocupou altos cargos, é político há anos, apesar de não conhecido por não ter disputado eleição. Entendo que a eleição é diferente em 2020. Com a crise sanitária, econômica e política, o eleitor vai procurar alguém em quem ele conheça. A campanha será diferente com a pandemia. Até pode, mas não vejo como, tornar um candidato conhecido da comunidade. Como apresentar um desconhecido sem poder reunir gente, fazer aglomerações? Só pela rede social não acredito, por mais estrategista que seja o Marco, e por melhor assessoria que tenha, como a Elis (Radmann, socióloga da IPO Pesquisas).

 

Seguinte: Marco Alba comanda o MDB com mão de ferro desde antes de ser prefeito. Parece óbvio que tem maioria garantida no partido para indicar Zaffa.

Jones – É uma avaliação tua. Vejo como time de futebol. Pergunta para os jogadores se preferem como treinador alguém que estudou ao lado Guardiola, sabe o esquema tático na cabeça, mas nunca foi ao campo, ou um ex-jogador, que saber jogar, tem o traquejo das quatro linhas, conhece o vestiário? O partido prefere meu nome.

 

Seguinte: O início do fim dos anos petistas em Gravataí começou quando o prefeito Sérgio Stasinski, candidato natural à reeleição, foi impedido de concorrer pelo líder maior, Daniel Bordignon. É um risco que o MDB corre, de sair rachado?

Jones – Não tenho como falar sobre o clima no partido, porque não há clima nenhum. O MDB não se reúne. Zaffa se desincompatibilizou, mas não ouvi dele que é candidato, não ouvir do Marco, dentro de nossas paredes do partido. Maduramente temos que discutir isso. Assim é a democracia. Sustento minha posição de que política é para político, e ser conhecido e ter uma trajetória pode facilitar. As pessoas vão votar em quem conhecem minimamente. O governo está entregando muitas coisas e tem totais condições de fazer o sucessor. Divididos, por óbvio, fica mais difícil.

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