O prefeito de Gravataí Luiz Zaffalon (MDB) falou em reeleição pela primeira vez, para o comunicador Chico Pereira, na manhã desta quarta-feira.
– Cumpri nosso plano de 10 anos. Vamos investir R$ 200 milhões até 2024. É natural que eu seja o candidato. É uma defesa do meu mandato – disse, e a entrevista você assiste na íntegra clicando aqui.
Ainda sobre políticas, Zaffa usou expressão minha, o ‘lado na ferradura ideológica’, para dizer que é “de direita, liberal” e “nunca” vai votar na esquerda, antecipando apoio a Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno com Lula, caso haja um segundo turno sem a candidata de seu partido, Simone Tebet.
Sobre a eleição para o Palácio Piratini, ao ouvir a sugestão de Chico Pereira para o MDB indicar o vice de Onyx Lorenzoni (PL), por ser o candidato do presidente da República, Zaffa defendeu candidatura própria, que hoje é a de Gabriel Souza, porém concordando com o comunicador sobre as fragilidades do jovem candidato de seu partido.
E repetiu o que disse para o Seguinte: em Prefeito Cristian apoia aliança com Leite; Zaffa não: ‘Muitos querem apoiar Lula e percebem que será o caminho no segundo turno’, revelando a divisão no MDB e a intenção de partidários de indicar o vice de Eduardo Leite (PSDB) e apoiar Lula num eventual segundo turno.
Ao fim, só surpreende a posição do prefeito para quem não o conhece há décadas.
Eu era o âncora da política e editava o Correio de Gravataí raiz, do Roberto Gomes de Gomes, e, nas fases em que o PT de Daniel Bordignon, Sérgio Stasinski e Rita Sanco mandava na aldeia, Zaffa, como presidente do MDB, ou simples militante, me dava entrevistas, ou mandava e-mails (o whatsapp da época) usando a expressão “petralhas”.
Conta a lenda que Marco Alba, o ‘Grande Eleitor’ de Zaffa em 2020, e reconhecido como o ‘pelé da política’, o melhor articulador político de Gravataí, pediu para o companheiro de sempre maneirar na expressão, para não dividir.
Inegável é que Zaffa é corajoso, e seu governo mostra, com a aprovação da reforma da previdência e o subsídio para a Sogil. Agora, então, com a BIC na mão, não precisa apagar a luz ao sair de casa com medo de que haja alguém escondido no claro.