Luiz Zaffalon (PSDB) e Dimas Costa (PSD) fizeram o mesmo pedido para o ‘Papai Noel da Política’ de Gravataí.
Calma, não é uma aliança na eleição de 2024 entre os dois adversários na disputa pela Prefeitura em 2020, como gente que também veste vermelho espalhou nas renas do Grande Tribunal das Redes Sociais no feriadão de Natal.
É justamente sobre isso este artigo, a ‘fofoca interminável’ sobre a relação entre o prefeito e o secretário-adjunto de Esportes do governo Eduardo Leite.
Acontece que Liane Susan Muller, influente professora da rede municipal, fez o post abaixo, que depois circulou por WhatsApps do meio político como “frequentemente encaminhado”.
Até a presidente do sindicato dos professores (SPMG), Vitalina Gonçalves, comentou na postagem, onde o emoji ‘Uau’ aparece como o mais clicado:
– Estudada em laboratório – escreveu.
Entre outros comentários, se insinuou que a parceria seria consequência da vereadora Anna Beatriz da Silva (PSD), esposa de Dimas, ter sido eleita vice-presidente da Câmara para a gestão de 2024.
Afinal, Dimas vai entrar no governo Zaffa? Fui ouvi-lo.
– Que bom que perguntaste. Vi muita gente que condena fake news espalhando mentiras. Bastaria quem fez insinuações me enviar uma mensagem – disse, associando-se ao ‘presente’ pedido por Zaffa.
– Penso o mesmo que tuitou o prefeito.
Reproduzo e, abaixo, sigo.
– A política mudou. Jamais vou negar estender a mão a um adversário político, deixar de comparecer a uma reunião institucional em busca de recursos para obras e serviços para a população. Há poucos dias a presidente do sindicato dos professores apareceu na foto com o prefeito, após negociar um bom acordo para sua categoria no pagamento do piso do magistério. Pois a minha categoria é o povo de Gravataí – disse, citando a aparição no palco ao lado do prefeito na inauguração da nova Emergência SUS do Dom João Becker, onde além dos R$ 4,5 milhões governo Leite, lembrou articulação sua, “sempre na oposição”, para destinação de R$ 5 milhões em emendas parlamentares do deputado federal Danrlei de Deus (PSD) para o hospital.
Dimas reafirmou que não negocia entrada no governo Zaffa e é candidato a prefeito em 2024, como já disse ao Seguinte: em A fofoca interminável: Zaffa e Dimas juntos mais uma vez em inauguração de obra; Os ‘dois prefeitos’ nos elevadores da política de Gravataí.
O presidente nacional Gilberto Kassab, e Danrlei, já articulam a candidatura, que deve ser uma das – se não a – preferencial no Rio Grande do Sul devido aos problemas enfrentados por Jairo Jorge, afastado da Prefeitura de Canoas por suspeitas de corrupção em contratos da saúde.
– Se eleito, vou tratar a todos como faz o prefeito Zaffa. Os vereadores, que representam 100% da população, terão portas abertas, do PT ao PL. As bases de governo municipal, estadual e federal não são muito diferentes, todos eleitos pelo voto popular. É preciso parar com a hipocrisia, parar de se apresentar como os escolhidos, os bons contra os maus. É como diz o governador: não há cidadão municipal, estadual ou federal. Existe o cidadão. Gravataí precisa dessa política grande. Prefeitos não são donos das cidades, governadores não são donos dos estados e presidentes não são donos dos países – disse, listando pautas onde há convergência com o atual governo, como o pagamento do piso do magistério com repercussão na carreira, a gestão democrática nas escolas com eleição direta para diretores e o anúncio feito sexta-feira de que Gravataí não vai mais comprar livros didáticos de empresas privadas; leia em Após mais de 100 milhões em investimentos, Gravataí não vai mais comprar livros didáticos; A escolha pragmática de Zaffa pelo gratuito.
– Era vereador e fui contra o governo anterior (de Marco Alba, MDB) gastar R$ 150 milhões contratando o sistema de ensino da Positivo, enquanto apenas R$ 8 milhões foram investidos em obras em escolas. Me contempla o prefeito Zaffa anunciar que vai usar os livros distribuídos gratuitamente pelo MEC (Ministério da Educação), com uma economia de R$ 14 milhões por ano. Gravataí tem uma rede de professores capacitados para elaborar planos pedagógicos conforme as realidades locais – disse, comparando que os investimentos na Positivo representam “30 pontes do Parque dos Anjos”.
Para Dimas, a suspeita de uma negociação com o governo pela vice-presidência da Câmara em troca de apoio na eleição de 2024 demonstra “o machismo enraizado na política”.
– É diminuir a conquista de uma mulher. Fiquei estarrecido por ver dirigente sindical, mulheres de esquerda, insinuando que, como marido da Anna, negociei o cargo, que a vereadora teria se submetido a ser usada, como um objeto, para um toma-lá-dá-cá – disse, comparando com polêmica sobre a indicação da esposa de Chico Buarque, Carol Proner, para Comissão de Ética Pública do governo federal.
– Ignoraram o currículo de jurista para dizer que era apenas a indicação da mulher do Chico. Será que essas pessoas que espalharam fake news sobre a Anna, que não valorizaram a articulação dela no Poder Legislativo, que não tem nada a ver com o Poder Executivo, concordaram com as críticas machistas, ou defenderam a indicação feita pelo presidente Lula? – instigou.
– Não nos meçam por uma régua que não é nossa. Não me peçam para torcer contra boas ações do governo. Seguirei ajudando, exercendo minha função institucional como secretário de Estado e me esforçando para, como tu descreveu e muito me honra, ser ‘embaixador de Gravataí’ no governo Leite. Desde 2011 não tenho nenhum cargo na Prefeitura. Na política nunca se sabe o amanhã, mas o fato é que hoje sou candidato a prefeito. O resto é fake news. Nunca fiz nem farei nada às escondidas. Aos que dizem que a política de Gravataí precisa ser estudada, recomendo estudarem onde leva a política sectária, do bem contra o mal, que só divide as pessoas e não soma nada para a sociedade – concluiu.
Ao fim, resta aí o pedido de Zaffa e Dimas ao ‘Papai Noel da Política’, algo como o fim do tradicional ‘GreNal Político’ da aldeia, o ‘nós contra eles’.
Se estarão juntos, em uma mesma coligação, ou em diferentes números na urna eletrônica, aguardemos o Coelhinho da Páscoa confirmar, em março.
O que profetizo?
Dimas é primeiro suplente na Assembleia Legislativa e secretário-adjunto de Estado. Se não assumir como deputado, ou como secretário, deve concorrer a prefeito. Além de colocar o nome na rua pensando na AL em 2026, seria uma das candidaturas preferenciais a prefeituras pelo PSD gaúcho, o que faria seu fundo eleitoral chegar próximo ao milhão.
Os partidos não costumam deixar esse dinheiro parado na conta.
Já sobre as críticas de esquerdistas a Dimas, lembro mais uma vez a máxima do Frei Betto, que na época da ditadura ironizou que “a esquerda só se une na cadeia”. Nas eleições da aldeia, jamais.
2 Responses
Cara, sinceramente. O meu post, na minha página, virou notícia? Tá sem assunto? Interessante…como se em cada canto que eu fosse não tivesse gente falando nisso…
E eu te autorizei? A decência de perguntar se pode foi pro espaço? Porque é óbvio que minhas postagens são públicas, o que não te dá exatamente o direito de publicá-las em um site de notícias.
Vou consultar um advogado sobre isso.
Tôp