RAFAEL MARTINELLI

Zaffa hoje no Zaffari da 60: Gravataí projeta parque ambiental, duplicação da Rondon e novos investimentos comerciais e imobiliários na região

Tendo ao fundo as máquinas que operam desde o dia 13, o prefeito Luiz Zaffalon visitou nesta segunda-feira as obras do Zaffari de Gravataí para avançar nas intervenções necessárias da Prefeitura de Gravataí junto ao empreendimento que vai mudar a região da parada 60 da Av. Dorival de Oliveira.

Como tratei em Zaffari confirmado em Gravataí!; Não é carrinho cheio, mas é CESTTO e Começam obras do Zaffari de Gravataí; O início do fim de um meme, não é o carrinho cheio aguardado por 10 anos, mas é um CESTTO – a nova marca do grupo que terá a primeira loja no município com promessa de abertura até o fim do ano.

O investimento inicial é de R$ 90 milhões, com geração de aproximadamente 300 empregos diretos gerados para abertura da loja no segmento de atacado e varejo, também conhecido como cash and carry.

– Uma das contrapartidas do Zaffari é um parque ambiental de 4 hectares que teremos que manter. Há ainda a questão de mobilidade na entrada e saída, além da duplicação da Av. Marechal Rodon, que já começa a receber investimentos comerciais, como um posto de gasolina e lojas, e imobiliários – explicou Zaffa ao Seguinte:, ao lado dos secretários de Planejamento Urbano, Cláudio Santos, e de Mobilidade, Guilherme Ósio, e de Silverio Signori, proprietário da Katerra Incorporações Ltda., que era dono da área do parque e fará os empreendimentos de frente para a Rodon.

O prefeito já planeja formas de desapropriação para a duplicação da avenida. Há famílias em áreas públicas e privadas, que precisam ser realocadas ou indenizadas, além da necessidade de utilizar parte da área da igreja.

– Não é uma coisa fácil, mas estou buscando articular toda Prefeitura, empreendedores e moradores para que tudo fique bem organizado. É uma grande mudança para aquela região. São previstos investimentos agora e também no futuro, tanto dentro quanto fora da área do Zaffari – concluiu Zaffa, que desde 2012, perpassando os governos Acimar da Silva e Marco Alba, foi o responsável por gerenciar a negociação com Cláudio Zaffari e os herdeiros da área, cujo litígio foi um dos motivos do atraso no investimento.

Por enquanto, o CESTTO é menor do que o esperado hipermercado, ou ‘powercenter’, que teria a bandeira exclusiva Zaffari, e tinha projetado meio bilhão em investimentos e 2 mil empregos, mas ainda há a expectativa de investimentos futuros com lojas âncora e torres residenciais na área de 61 hectares.

Em nota na qual explica a “entrada no formato de múltiplo atendimento, unindo vendas por atacado e ao consumidor final”, o Grupo Zaffari divulgou que além das instalações da unidade CESTTO “numa primeira etapa”, o grupo mantém os planos de “comportar outras edificações gradativamente, que farão parte do conjunto de atividades correlacionadas e complementares, a serem desenvolvidas em separado, mas sinergicamente, buscando melhor atender às demandas da comunidade local”.

O modelo de loja CESTTO prevê dimensões de área de venda de cerca de 6 mil m², com presença forte de seções de produtos perecíveis e amplos espaços para produtos frigoríficos, resfriados e congelados.

“Farão parte do mix os melhores fornecedores reconhecidos, assim como marcas exclusivas, cujos produtos serão apresentados também em tamanhos especiais, oportunizando a melhor compra tanto para comerciantes como para o consumidor final. A marca CESTTO irá operar com cartão próprio. O abastecimento da rede CESTTO estará conectado com a estrutura operacional do Grupo Zaffari já existente, sendo que as primeiras lojas receberão seus produtos da Central de Distribuição de Porto Alegre e terão estoques próprios característicos do segmento”, diz a nota.

Conforme o grupo, a escolha do nome CESTTO foi determinada pelo atributo que a palavra tem de sintetizar o próprio negócio de atacado e varejo, visto que o objeto cesto está diretamente ligado ao ato de acondicionar, carregar e armazenar suprimentos, estando sempre presente nos ambientes de compras e de abastecimento.

Também corroborou para a escolha do nome o fato de ser uma palavra de fácil assimilação, além de ter grande funcionalidade de aplicação gráfica e digital. A letra T dobrada tem a função de trazer personalidade à marca, torná-la única e inconfundível, o que também a conecta sutilmente à marca Zaffari por fazer alusão ao característico F dobrado de sua grafia.

Conforme a nota do grupo, a marca CESTTO rememora os primeiros anos de atuação do Zaffari em Porto Alegre, nos anos 60, quando o atendimento ao consumidor final era realizado em paralelo ao abastecimento de pequenos comerciantes, feiras e outras instituições.

– A oportunidade que temos no momento de desenvolver empreendimentos em novas localizações, somada ao objetivo de obter maior equilíbrio entre as escalas operacionais das vendas B2B, bem como os seus custos, fomentou a ativação da experiência de atacado, agora incrementada com as vendas de varejo ao consumidor final – disse Claudio Luiz Zaffari, diretor do Grupo Zaffari.

– Em plena maturidade empresarial, ampliam-se para o Grupo Zaffari as plataformas e as possibilidades de aproximação de seus fornecedores e da indústria em geral para este atendimento – completou.

O Grupo Zaffari atua há 87 anos no varejo, acumulando 57 anos de experiência no autosserviço supermercadista e 31 na administração de shopping centers, contando atualmente com cerca de 12 mil colaboradores.

Suas atividades iniciaram com a abertura de uma casa de comércio no interior do Rio Grande do Sul, em 1935, por iniciativa dos fundadores Francisco José Zaffari e Santina De Carli Zaffari. O grupo estreou sua atuação fora do Estado em 2008, inaugurando o Bourbon Shopping São Paulo, na capital paulista.

A rede supermercadista é formada por 38 unidades, e está entre as maiores redes de autosserviço supermercadista do Brasil, conforme ranking da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

A atuação no setor de shopping centers inclui a administração de 10 empreendimentos, com as bandeiras Bourbon Shopping (com sete unidades no Rio Grande do Sul e uma em São Paulo), e Porto Alegre CenterLar e Moinhos Shopping (em Porto Alegre).

Ao fim, concluo da mesma forma que nos artigos anteriores: demorou, é cesto e não carrinho cheio, mas é um grande investimento. Os R$ 90 milhões e 300 empregos, com a grife Zaffari, mudarão aquela região de Gravataí; e também a divisa com Cachoeirinha.

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