Luiz Zaffalon foi eleito prefeito de Gravataí como um ‘outsider’ da política, que é como são chamados aqueles candidatos que nunca antes concorreram em eleição alguma.
Não é mais, queira ou não; e nem pode ser, já que é candidato à reeleição.
Como jornalista da aldeia, apresentei-o, na III Guerra Política de Gravataí, após a desfiliação do seu MDB – por 39 anos – e o rompimento com o ex-prefeito Marco Alba: Declarada III Guerra Política de Gravataí: Zaffa vai sair do MDB para enfrentar Marco Alba; Bem-vindo à política, prefeito!.
“Bem-vindo à política, prefeito!”, foi meu convite, provocando o sociólogo que desde sempre tenho em alta conta; mas não era um político.
Até este momento, por estratégia ou comodismo, Zaffa terceirizava para Marco Alba e seus leais, a articulação política.
– A política é com o Marco – já disse a tantos.
Se a política, que entendo ser a relação com os partidos, era “com o Marco”, no comando de sua gestão frente à Prefeitura Zaffa não deixou de ir às ruas, para muitos se apresentando como prefeito; Zaffa é inteligentíssimo, e sabia que ganhou a eleição saindo de 2% para 51% (o que, tivesse Gravataí segundo turno, garantiria a vitória em primeiro turno), como um desconhecido: a nota do MDB, quando de sua desfiliação, instiga isso; leia minha análise sobre a nota em Bomba em Gravataí! Nota do MDB é um aceite da guerra entre Zaffa e Marco Alba e III Guerra Política de Gravataí: o que diz Zaffa sobre a nota do MDB e sua desfiliação.
Fato é que Zaffa concluiu, começou, retomou, anunciou obras e foi às ruas.
‘Prefeiturou’.
Se já é conhecido como prefeito de Gravataí ou não, ao menos o Seguinte: não contratou pesquisa; divulguei avaliação do governo, encomendada pela Prefeitura, que apontava que quase 9 a cada 10 gravataienses aprovam o governo Zaffa.
Inegável é que Zaffa, ao romper com Marco, tem que acordar todos os dias como um político.
Sabe que, além de gerir R$ 200 milhões em financiamento para obras, precisa atender aos políticos; seja ele, ou alguém em quem confie.
São os políticos – e uso o cargo de vereador como o exemplo perfeito, porque os eleitos correspondem, pelo critério da proporcionalidade, a 100% dos votos nas urnas – o extrato de Gravataí, e do Brasil, goste-se ou não.
Faço toda essa introdução para transcrever o que me respondeu Zaffa, quando perguntei sobre a notícia divulgada pelo comunicador Chico Pereira, sobre a filiação ao PSDB; leia o que já postei hoje em Se Zaffa filiar ao PSDB para concorrer à reeleição, como fica ‘Embaixador do governo Leite em Gravataí’, que já é candidato: larga? O “bem-vindo ao lado certo da História” para a “direita bolsonarista”.
Salvo engano, o WhatsApp mostra que Zaffa já entendeu que é, hoje, um político. Sua resposta é, ao mesmo tempo, sincericída e elegantíssima; preservou Gravataí, isso é incontestável, mesmo tenha algo, mas não tudo a ver ideologicamente com o governador.
É política, estúpidos! – aqui parafraseio o marqueteiro do Clinton sobre economia.
E isso, para quem não entendeu meu comentário, é um elogio. Só a política pode ajudar os pobres. Sou como aquele narrador que diz “eu te amo futebol”. Eu grito: “eu te amo política”.
Segue a mensagem do Zaffa, o político – que, como político, tem todo tempo do mundo para escolher aonde vai; é ele o prefeito da quarta economia gaúcha, da Gravataí que está entre as 100 maiores cidades do Brasil.
“(…)
Recebi convite de vários partidos, o que me honra demais. O PSDB está entre estes.
Não tenho nenhuma agenda com governador, de quem sou admirador.
Entendo ser ele uma das maiores expressões políticas do país no momento. Moderno, íntegro, inteligente. E Gravataí tem pautas importantes com o Estado: RS-118, RS-020 e 30. Precisamos do DAER sempre como parceiro; tem o rio e as microbarragens; a Corsan… É Gravataí sempre em primeiro lugar.
Hoje estou avaliando, conversando com muita gente, pesando o que seria melhor para a minha candidatura e para a cidade.
(…)”
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