política

Zaffa saiu da Havan como candidato a prefeito de Gravataí

Marco Alba e Luiz Zaffalon entre os vips convidados para inauguração da Havan de Gravataí na noite desta quarta

Printe & Arquive na Nuvem.

O sociólogo Luiz Zaffalon, 65 anos, é quem aparece nas fotos oficiais, além do prefeito Marco Alba e do vice Áureo Tedesco, na inauguração reservada da loja de R$ 23 milhões e 200 empregos da Havan, na RS-118, em Gravataí.

Outros secretários e CCs fizeram selfies na frente da estátua da liberdade, e tietaram o empresário Luciano Hang, mas apenas o secretário de Governo ganhou foto no site oficial da Prefeitura, como você confere clicando aqui.

É evidência de que o candidato à sucessão já está escolhido, tal a importância que o prefeito deu à abertura da loja, inclusive com transmissões ao vivo em seu perfil no Facebook.

No suspense que Marco Alba habilmente incentiva, já se falou até no recém chegado médico Marcelo Leone, e também cresceu a cotação do advogado Jean Torman, pela condução da Secretaria da Saúde na pandemia.

Tem também o ex-deputado federal Jones Martins, que vai disputar a convenção, mas todos sabem que será a candidatura ‘adversária’ de Marco Alba.

Mas Zaffa, já escolhido como coordenador geral do Comitê de Solidariedade ao Enfrentamento do Coronavírus parece mesmo ser o escolhido do amigo de três décadas.

O ‘outsider’ – nunca concorreu, apesar de ter presidido o MDB, acompanhado Marco Alba na Assembleia Legislativa, no governo Yeda Crusius, ter sido o ‘prefeito de fato’ no mandato-tampão de Nadir Rocha, ter tocado o governo Acimar da Silva e ser uma espécie de ‘gerentão’ nos dois mandatos de Marco Alba na Prefeitura – já pode começar a se adaptar ao ‘ser político’.

Millôr descrevia bem.

Ser político é engolir sapo e não ter indigestão, respirar o ar do executivo e não sentir a execução, é acreditar no diálogo em que o poder fala e ele escuta, é ser ao mesmo tempo um ímã e um calidoscópio de boatos, é aprender a sofrer humilhações todos os dias, em pequenas doses, até ficar completamente imune à ofensa global, é esvaziar a tragédia atual com uma demagogia repetida de tragédia antiga, é ver o que não existe e olhar, sem ver, a miséria existente, é não ter religião e por isso mesmo cortejar a todas, é, no meio da mais degradante desonra, encontrar sempre uma saída honrosa, é nunca pisar nos amigos sem pedir desculpas, é correr logo pra bilheteria quando alguém grita que o circo pega fogo, é rir do sem-graça encontrando no antiespírito o supremo deleite desde que seu portador seja bem alto, é flexionar a espinha, a vocação e a alma em longas prostrações ante o poder como preparação do dia de exercê-lo, é recompor com estoicismo indignidades passadas projetando pra história uma biografia no mínimo improvável, é almoçar quatro vezes e jantar umas seis pra resolver definitivamente o problema da nossa subnutrição endêmica, é tentar nobremente a redistribuição dos bens sociais, começando, é natural, por acumulá-los, pois não se pode distribuir o pão disperso, e é ser probo seguindo autocritério. E assim, por conhecer profundamente a causa pública e a natureza humana, estar sempre pronto a usufruir diariamente do gozo de pequenas provações e a sofrer na própria pele insuportáveis vantagens.

 

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