O prefeito Luiz Zaffalon falou com o Seguinte: na manhã desta terça-feira, após decretar estado de emergência e suspender as aulas em Gravataí devido à destruição causada pelo temporal, com vento e granizo, e que teve como consequência até saques, na noite de segunda.
Em caso de emergência, acione a Defesa Civil (199), Corpo de Bombeiros (193) ou Brigada Militar (190).
Seguinte: – Já é possível dimensionar o prejuízo?
Zaffa – Em números ainda não. Seria chute. Estou percorrendo a cidade e há muitos prejuízos, públicos e privados. São mais de 30 escolas com graves avarias, 8 unidades de saúde, o Centro Norte, onde ficam as principais secretarias, como de Mobilidade, Obras, Serviços Urbanos, Segurança e Central de Veículos. No Rincão da Madalena mais de 40 casas foram destelhadas, assim como a Casa do Bem, que recebe moradores de rua à noite. Cerca de 40 pessoas foram realocadas no CTG Carreteiros da Saudade. Os prejuízos privados também são grandes, tem pavilhão caído, vidros quebrados. E há, além das perdas materiais, coisas que não se recuperam. Estou neste momento na praça em frente ao Gensa e duas árvores maravilhosas foram arrancadas pelo vento. Tivemos que interditar a praça da frente da Prefeitura pelo mesmo motivo. Mas as pessoas fiquem tranquilas que vamos recuperar tudo.
Seguinte: – Qual a prioridade neste momento?
Zaffa – Desde a madrugada estamos desobstruindo avenidas e ruas. Também acionei a RGE para que atenda urgentemente a ETA (estação de tratamento de esgoto), que está sem luz, para evitar falta de água, que já atinge 25 mil pessoas. Há muitos bairros sem luz, com as pessoas e comércios com as coisas estragando em geladeiras e freezers. São 72 mil casas sem luz. Para se ter uma ideia, as duas UPAs estão operando com geradores, devido à falta de luz.
Seguinte: – Quantos funcionários estão trabalhando nas ruas?
Zaffa – Já mobilizei mais de 200. Também acionei prestadoras de serviços. Há parceria também com Defesa Civil, RGE, Bombeiros e Brigada Militar.
Seguinte: – Como se mexe com o orçamento em um caso desses?
Zaffa – Decretei estado de emergência, o que permite compras mais rápidas, de telhas e lonas, para distribuirmos para quem precisa, por exemplo. Temos reserva de contingência para esses momentos. Orçamento não será problema. O estrago foi grande, mas vamos arrumar tudo.
