crise do coronavírus

100 infectados em Cachoeirinha são potenciais 20 mil; o maio do contágio

Equipes contratadas pela Prefeitura fazem limpeza em áreas de maior circulação de Cachoeirinha

Cachoeirinha chegou aos 100 casos da COVID-19. A incidência por 100 mil habitantes, 79.4, já ultrapassou o epicentro, Porto Alegre, 50.3. A conta pode chegar a quase 20 mil.

O painel de controle do novo coronavírus aponta nesta segunda, 1º de junho, 100 casos confirmados em Cachoeirinha. A Prefeitura confirma a realização de 676 testes, ou 0,52 da população. Aplicando a proporção de contágio nos 130 mil habitantes, chega-se a potenciais 19.230 infectados – potenciais, reparem.

Entre março e abril Cachoeirinha tinha 18 casos. Só em maio, mês da reabertura das atividades econômicas, foram 82. Ou 8 a cada 10 dos infectados foram identificados nos últimos 30 dias.

Cachoeirinha testou bem mais que Gravataí – que não aplicou testes em mais de 500 dos 281 mil habitantes, e mesmo assim registrou crescimento exponencial em maio, como tratei neste domingo em O ‘urubu da imprensa’ errou, para menos; contágio em Gravataí cresceu 245 por cento –, o que só confirma o óbvio: mais gente exposta, mais testagem, mais casos.

O Mapa Brasileiro da COVID-19 mostra que o índice de isolamento social no Rio Grande do Sul na última semana foi de 40,1%. No fim de março, quando a pandemia começava a se expandir pelo país, os índices nos três estados chegavam a quase 60%.

Aplicando os dados em Cachoeirinha, até março 78 mil dos 130 mil habitantes estavam em casa, e 52 mil nas ruas. A proporção simplesmente se inverteu.

Ao fim, é a ‘ideologia dos números’ evidenciando que o distanciamento controlado do Governo do RS, que classifica o município na bandeira laranja, de risco médio, desponta como um experimento descontrolado.

O Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul tem o mesmo diagnóstico, em nota na qual usa os termos “ilegal e temerário” e critica inclusive a ciência usada no modelo, com “embasamentos técnicos e científicos eivados de ilegalidades” e que termina com o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) “e praticado por todas as nações que defendem a vida de seus cidadãos”.

Como mostrei em ’Gripezinha’, ’carreatas da morte’, Páscoa, reabertura e Dia das Mães; a progressão da COVID 19 em Gravataí e Cachoeirinha, a incidência da COVID-19 cresceu 80% em todo RS após a flexibilização do isolamento social. O coeficiente de incidência do contágio passou de 33,0 por 100 mil habitantes na semana passada para 59,6.

– Os números mostram que o contágio cresceu com mais gente nas ruas, mas também porque testamos mais. E temos mais de 80% dos pacientes recuperados – disse o prefeito Miki Breier em live na manhã desta segunda, que você lê clicando aqui.

Ao fim, aí resta a nota positiva: 84% estão recuperados e Cachoeirinha não registra nenhuma morte. Mas o vírus, essa cobra silenciosa, está entre nós – e pode picar.

 

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