O CâmaraTur voltou a taxiar em Cachoeirinha. O transponder direcionou para Brasília os vereadores Edison Cordeiro (PRB), Nelson Martini (PTB) e Paulinho da Farmácia (PDT).
Embarcaram na segunda e retornaram nesta sexta. O custo da viagem, lançado no Portal Transparência, é de R$ 18.926,73.
Em passagens aéreas são R$ 9.105,75. Em diárias, cada vereador recebe na conta R$ 3.273,66 para comes, bebes e o que for em Brasília, sem necessidade de apresentar notas fiscais.
O nome do curso não constava na pauta do legislativo em que a viagem foi aprovada, mas não faz diferença porque ninguém bola tão mal tão bem essas aulinhas para políticos.
Paulinho da Farmácia foi profilático, em seu Facebook: anunciou que os viajantes conseguiram R$ 700 mil em emendas parlamentares para Cachoeirinha, junto aos gabinetes dos deputados Mauricio Dziedrick (PTB), Carlos Gomes (PRB) e Pompeo de Mattos (PDT).
Não caio nessa. Critico viagens de vereadores desde antes da época do e-mail. Até porque telefone já existia.
Nem falo sobre viajar para aprender alguma coisa nesses curso de coisa nenhuma. Mas, se acharem que vale, os parlamentares podem pagar pela própria formação usando os R$ 12.323,61 que recebem mensalmente de salário.
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Refiro-me ao 'conto das emendas'.
Essas emendas parlamentares podem ser acertadas aqui no Rio Grande do Sul. Dziedrick, Gomes e Pompeo, por exemplo, têm escritórios políticos em Porto Alegre, seguidamente estão em Cachoeirinha e empregam dezenas de assessores aqui e lá em Brasília, que por muito bem pagos devem ter alguma capacidade de acertar detalhes burocráticos para os vereadores.
Parem de hipocrisia: deputados inscrevem as emendas em troca de votos, de apoios políticos e etceteras, não porque vereadores vão a Brasília!
Convençam-me de que esta semana os vereadores de Cachoeirinha precisaram ficar em Brasília mais tempo do que os deputados federais.
Difícil, não?