opinião

Claiton Manfro preside PR; efeitos no 2020 de Gravataí

Giovani Cherini, Marco Alba e Claiton Manfro, na Prefeitura de Gravataí

Como o Seguinte: antecipou há exato um mês no artigo Claiton Manfro é o cara do PR em Gravataí, o secretário de Governança e Comunicação foi confirmado como presidente do PR, o Partido da República, que prepara a volta para o 'nome de solteiro': PL, Partido Liberal.

Ao lado do presidente estadual Giovani Cherini, Claiton visitou os prefeitos Marco Alba (MDB) e Miki Breier (PSB), de Cachoeirinha, cidade onde foi secretário de Cultura do governo José Stédile (PSB), e foi apresentado pelo deputado federal de 151 mil votos como interlocutor com o gabinete em Brasília.

O comando de Claiton no PR/PL terá reflexos nas eleições municipais de 2020.

Explico.

 

1.

Começo pelos planos políticos de Claiton: como o Seguinte: antecipou, o produtor cultural já manifestou para amigos o desejo de concorrer a prefeito. Fiel a Marco, não como candidato da oposição. Assim, se é um sonho, estando em outro partido que não o MDB, ganhar a bênção do prefeito para entrar na fila da sucessão, são realidades mais próximas concorrer a vereador e subir na cotação dos candidatos a vice pela base governista.

Escrevi em 24 de janeiro, sobre as articulações de Claiton:

 

“(…) 

Na prefeitura, o produtor cultural e civil de nascença que é um dos intelectuais do governo, tem toda comunicação oficial sob o comando de sua secretaria e é o responsável pela interlocução com empresários e profissionais liberais – no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) – e associações de moradores e movimentos sociais. É ele o organizador do Prefeitura Perto de Você, que leva serviços e cultura aos bairros, e do projeto Gestão Participativa, que em 93 edições já levou o prefeito e secretários a todas as regiões de Gravataí para apresentar os números e projetos do governo.

 (…)”

 

Ao postar o artigo, comentários e elogios mostraram popularidade do secretário, que pelo menos no Grande Tribunal das Redes Sociais foi pouco identificado como um político – classe para a qual para muitos resta apenas a presunção de culpa até por roubar a umidade relativa do ar.

A corrida de Claiton é para, no próximo um ano e meio, fazer o partido crescer. Conforme dados de dezembro do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há em Gravataí apenas 808 filiados formais, entre 23.755 no RS e 796.942 no país. Como comparativo, o MDB tem 2,3 milhões e o PT 1,5 milhões.

Onze membros já foram nomeados no diretório e Claiton articula agora a construção de nominata de 33 homens e mulheres candidatos à Câmara. Nas eleições de 2020, não há coligações entre partidos para concorrer ao legislativo. Pelo cociente eleitoral, o cálculo pode chegar a uma necessidade de 7 mil votos a cada uma 21 cadeiras.

 

2.

O PR é reforço importante na aliança governista para 2020: a coligação que gravitava em torno de Marco Alba entre 2016 e 2017, e o levou à reeleição, foi a maior de Gravataí. Reunia formalmente 11 partidos (MDB, PTB, PMN, REDE, PROS, PRB, PP, DEM, PSC, PV e PTC), além de dissidências de outras siglas. Numa cidade sem horário eleitoral gratuito na TV, é uma forma de garantir um grande número de candidatos a vereador, suas famílias e apoiadores fazendo campanha nas ruas para os candidatos do governo.

 

3.

O PR tem estrutura. Com a proibição de doação de empresas para campanhas, o fundo partidário e eleitoral é cada vez mais decisivo em eleições, junto às doações individuais, também facilitadas por grandes coligações.

Escrevi há um mês:

 

“(…)

Para quem só faz associação do PR ao ‘Partido do Tiririca’, a sigla saiu das eleições de 2018 como a 13ª com o maior número de votos: 11.951.678. Numa comparação, o PT, partido mais votado, recebeu 91.005.177 e o PSL, o segundo, 90.138.618. Com 33 deputados federais eleitos e dois estaduais, superou com folga a cláusula de barreira e tem um dos maiores fundos partidários: R$ 113 milhões – o MDB, partido com mais dinheiro no país, tem R$ 234,2 milhões.

(…)”

 

Concluo.

No artigo de dezembro, escrevi:

 

“(…)

Ao fim, o PR sob o comando de Claiton Manfro terá força na base do governo Marco Alba que, sabem bem aqueles que conhecem a habilidade política do prefeito, deve estar sendo pelo menos um experiente conselheiro para seu secretário há sete anos.

(…)”

 

Agora o timing da confirmação de Claiton na presidência só confirma essa proximidade. Arrisco como certeza que, em 2020, o PR estará na coligação do candidato de Marco Alba à Prefeitura, e não em outras paragens.

 

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