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Morre mais uma motorista de app em Gravataí

Caroline foi a quarta motorista atacada neste ano em Gravataí | ARQUIVO PESSOAL

Gravataí não é, definitivamente, território seguro para quem ganha a vida no volante prestando serviços a aplicativos ou táxis. Neste final de semana, a cidade foi novamente palco da morte de uma motorista de aplicativo, provavelmente, durante uma corrida. A Polícia Civil ainda tenta esclarecer se, no começo da noite de sexta, Caroline Nogueira Rodrigues, 36 anos, estava a serviço de algum aplicativo no momento em que foi morta a tiros na cabeça e com sinais de luta corporal. O corpo dela foi encontrado ainda na noite na Estrada do Gravatá, no distrito do Barro Vermelho. Horas depois, o carro, um Gand Siena, foi localizado incendiado na Estrada Madorin, no Itacolomi.

O caso é apurado pela Delegacia de Homicídios de Gravataí, e até o começo da noite deste domingo, o delegado Eduardo Amaral não havia descartado qualquer hipótese para o crime. desde um latrocínio — roubo com morte —, já que a vítima foi encontrada somente com a roupa do corpo, sem celular, carteira e outros pertences, até um feminicídio, em virtude da maneira cruel com que a motorista foi morta.

 

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Ela foi atingida por disparos de pistola .380 e, conforme observação inicial dos peritos,  tinha diversos ferimentos demonstrando que tentou resistir à ação dos criminosos. A polícia não descarta ainda que o objetivo dos bandidos fosse levar o veículo. Plano provavelmente abortado após a morte da motorista.

O último sinal que a família teve da moradora de Alvorada foi no começo da noite de sexta, quando ela chegou a conversar com uma amiga, via WhatsApp, relatando que estava iniciando uma corrida. Ela teria passado à amiga a sua localização naquele momento. Pouco tempo depois, o contato entre as duas foi perdido.

 

: Carro dirigido por Caroline foi encontrado incendiado na Estrada Madorin | DIVULGAÇÃO

 

Caroline tinha no trabalho como motorista de aplicativos uma forma de complementar a renda como cabeleireira. Ela teve o corpo reconhecido por familiares no DML, durante o sábado, depois de ter o desaparecimento registrado na noite anterior. 

Desde o começo do ano, foram pelo menos quatro casos de motoristas de aplicativos e taxistas baleados ou mortos em Gravataí. Nos três crimes anteriores, a polícia chegou aos suspeitos no dia seguinte, comprovando se tratarem de roubos que resultaram no ataque violento aos motoristas.

No mês passado, movimentos organizados de motoristas protestaram por mais segurança no serviço de aplicativos.

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