coluna do cidade

Seu Amado Fracassinho

Eu sou seu fracassinho

Seu amado filhinho

Seu embaraçoso santinho

Seu maldito amorzinho

Sou a estrela desperdiçada

Sou um desengonçado

E embaraçoso monstrinho

Cortando a harmonia com garrafas e pão

Feito com centeio ruim e farinha estragada

Sou o dente que não serve pra mastigação

Meus amores precisam de chopines

Pra não judiar os pés no chão

Mas eles reconectam seus crimes

Com Beemote, o monstro da terra, o símbolo do caos

Com Leviatã e seu rastro de brilho (sua esposa morta

pra que os escolhidos a devorem no dia do exílio)

Meu amores não são maus

Apenas se preocupam com suas dores

E seu milho

Em salvá-lo dos gafanhotos de Abaddon

E seu rosto humano coroado

Seu ferrão, seus dentes-de-leão

Em ânsias de torturar seu amado

Vilãozinho que em uterino ninho

Repousa seu pulmão asmático em sono bifásico

Mas, coitado,

Quantas câimbras o sacrarão acordado!?

 

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