na copa

COM VÍDEO | Neymar caiu e levou a festa, o bolão…

No bar, não teve festa, e o bolão murchou com a eliminação brasileira | GUILHERME KLAMT

Domingo tem final de Copa do Mundo e, não, as ruas não estão coloridas, não há uma intensa expectativa. Os plano de hexa caíram com a mesma velocidade com que Neymar caiu e rolou nos gramados da Rússia. A Copa da Rússia encerra, para nós, fria como começou. 

— Eu acho que o brasileiro está um pouco cansado de tudo o que acontece no país. Não tem mais aquele negócio de enfeitar a casa, reunir a família. Até para assistir o jogo no bar, o pessoal veio mais é porque não tinha trabalho, não para vibrar com a Seleção — diz o Maurício Dorneles, 31 anos, um dos funcionários do Argeus Bar, que tradicionalmente reúne torcedores nos jogos em Gravataí, na altura da parada 79.

 

 

Lá, como em qualquer bar da cidade, o plano era ter uma terça cheia e um domingo festivo, com direito a telão e outros complementos. Além da cervejinha, uma das tradições do futebol na parada 79 é o bolão. É sagrado. Se tem campeonato, tem uma espécie de bolsa de apostas. Pois, na copa que ficou marcada pelas quedas do Neymar, quem colocou suas fichas nas apostas, se deu mal.

— Não foi só culpa do guri (Neymar), foi de todo o time. Mas não foi só ele que não fez nada. Olha o Messi, o Cristiano Ronaldo, a Alemanha. Não ganharam nada também — reforça o Valdemar Romanzini, 61 anos, que é assador no Bar do Gringo, também na 79.

 

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No Gringo, o bolão acabou nas quartas de final. Sem o Brasil, perderia a graça. Ou melhor, ninguém arriscou o seu dinheirinho na improvável final entre França e Croácia. O Maurício, certamente vai assistir à final com uma pontinha de arrependimento.

— Quando acabaram as oitavas, eu disse que a final seria França e Croácia, mas aí eu pensei como eu sou azarado e não botei meu dinheiro no bolão — conta.

O Maurício ganharia a bolada sozinho. 

 

: A Maria garante: o quadriculado está na moda | GUILHERME KLAMT

 

Quadradinhos são tendência

 

No embate final de uma Copa do Mundo, que apagou estrelas solitárias para premiar o futebol mais coletivo, teremos um encontro inusitado. De um lado, estão os franceses que, fora do futebol, ditam o mundo da moda. Do outro, está o bom time croata, mas que há bastante tempo é bem mais conhecido pela inusitada camiseta quadriculada. Eles são tendência, é o que garante a vendedora da loja de moda e confecção José Rosa, Maria Formaio, 47 anos.

— O quadriculado está na moda, sim. Vai muito bem no trabalho, em eventos ou a passeio. Claro que não necessariamente em vermelho, mas os tons cinzas e pretos reforçam a tendência — explica.

A bola vai rolar em Moscou ao meio-dia, pelo horário brasileiro. A Maria, o Maurício e o Valdemar jogariam suas fichas, se os bolões desta copa não estivessem quebrados, na França. Mas é bom ficar atento, porque os quadradinhos estão em alta também no futebol daqui. O São José, de Porto Alegre, por exemplo, adotou a quadriculada em 2014. No último final de semana, enquanto a Croácia se preparava para as semifinais da Copa do Mundo, o time da Capital chegou ao acesso para o Brasileirão Série C. Virou tendência.

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