Enquanto a Procuradoria Geral do Município tenta cassar a liminar, a Prefeitura de Cachoeirinha corre contra o tempo, e o caixa, mas não vai conseguir cumprir a decisão judicial que determinou o pagamento integral dos salários do funcionalismo municipal.
– Não pagamos simplesmente porque não há dinheiro. Estamos contabilizando a arrecadação de hoje para tentar quitar mais uma pequena parte – lamentou há minutos ao Seguinte: o secretário da Fazenda Alex Branco, fazendo as contas para tentar depositar mais R$ 300 por servidor até o fim da sexta.
Na quinta, a juíza Lucia Rechden Lobato, da 1ª Vara Cível de Cachoeirinha, concedeu liminar ao Sindicato dos Municipários ordenando o pagamento integral até o fim do horário bancário desta sexta.
A magistrada, apontando o “direito líquido e certo” do funcionalismo receber em dia, alertou para “consequências de extrema gravidade nas economias das famílias dos servidores e servidoras afetados”, após a Prefeitura ter pago na quarta somente R$ 1 mil para cada um dos 3.211 funcionários, 172 CCs, 13 secretários, prefeito e vice, além de também parcelar em duas vezes vale-alimentação.
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O secretário da Fazenda não mantém mais nem a projeção de integralização na segunda-feira, feita durante a entrevista coletiva que na terça anunciou o parcelamento e expôs mais uma vez a crise que atravessa a Prefeitura.
– Segunda entra o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Se tudo ocorrer bem, pagaremos o restante. Mas como não é uma receita nossa, é uma transferência federal, não posso dar garantias – argumenta, informando que dos R$ 5,5 milhões da folha líquida, já foram pagos R$ 2,6 milhões.
Para conhecer as justificativas da Prefeitura para o parcelamento dos salários clique aqui.
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