Artistas instalaram ao meio-dia desta segunda o ‘varal da cultura’ em frente à Prefeitura para protestar contra a extinção da Fundarc anunciada pelo prefeito Marco Alba (PMDB) na reforma administrativa que reduzirá de 23 para 19 o número de secretarias, fundações e autarquias.
Nos cartazes do movimento chamado de ‘Fica Fundarc’ foram lembradas atividades promovidas pela Fundação de Arte e Cultura nos seus 23 anos de existência.
– Estamos preparando uma série de manifestações para alertar a sociedade para os danos à cultura com extinção da Fundarc, uma fundação com autonomia para captar recursos e apresentar projetos independentemente dos governos. Se as coisas não tem sido feitas adequadamente, precisamos avançar, não retroceder. O orçamento da cultura já é mínimo, imagine dividido com o esporte e o lazer – disse ao Seguinte: Marlise Damin, uma das porta-vozes do grupo que reuniu duas dezenas de representante de diferentes segmentos da cultura, além da ex-prefeita Rita Sanco e duas ex-presidentes da fundação, Rosemary Kroeff e Bernardete Camargo.
Formada em teatro pela Ufrgs e pós graduada em gestão pública, a atriz há mais de duas décadas fez sua especialização pesquisando as artes cênicas em Gravataí desde o pioneiro Ernesto Fonseca, em 1920, até o que aponta como pontos altos da cultura da aldeia nos tempos modernos: a criação do Cine-Teatro e da própria Fundarc – obra de agitadoras culturais como Odete Pacheco e Eloá Costa, do grupo Teatrar.
– E agora o Cine-Teatro e a Fundarc estão desaparecendo. São símbolos da nossa cultura – lamenta, informando que a extinção será debatida dia 26 em uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
Clique na imagem para ver o vídeo produzido pelos artistas
O outro lado
O Seguinte: buscou mais informações com a Prefeitura, mas até o fechamento da reportagem não houve retorno. No link abaixo, confira entrevista onde na semana passada Fernanda Fraga, atual diretora-presidente da Fundarc e futura secretária de Cultura, Esporte e Lazer, falou com a gente sobre a polêmica.