60+

‘Gravataí, Uma Senhora Cidade, Um Senhor Futuro’: saiba o primeiro perfil dos idosos

Gravataí começa a construir o diagnóstico sobre quem são e como vivem as pessoas com mais de 60 anos. O projeto Uma Senhora Cidade, um Senhor Futuro, parceria entre o Instituto Moriguchi e a Prefeitura de Gravataí, já está em curso e começa a revelar o perfil da população idosa do município. 

Cruzando dados do TSE com outras fontes, a conclusão é de que existem hoje 45.794 pessoas com mais de 60 anos no município, o que corresponde a mais de 17% da população total. O dado que chama a atenção é a maioria feminina, sendo 56,3% mulheres e 43,7 % homens na faixa etária 60+.

Os números mostram também uma evolução do índice de alfabetização desse segmento. Entre as mulheres com mais de 79 anos, é de 11%. Já na faixa entre 60-69 anos, o analfabetismo cai para 2%.

O levantamento foi apresentado na primeira reunião do projeto, na última semana. O encontro foi apresentado pelo consultor Martin Henkel e pelo jornalista Túlio Milman, que trabalham no projeto e cumpriram uma extensa agenda de encontros na cidade, nos quais diferentes setores da Secretaria Municipal da Família, Cidadania e Assistência Social (SMFCAS) detalharam os serviços atualmente oferecidos à população 60+.

– A pesquisa contribuirá muito com a cidade, trazendo o olhar de como a população está envelhecendo e o que podemos fazer para tornar melhor a vida das pessoas, qualificando as estruturas públicas e os serviços prestados por elas – disse Artemio Airoldi, secretário da SMFCAS. 


Um primeiro retrato


Neste retrato inicial, foram contemplados indicativos de gênero, idade, estado civil e escolaridade. Quando finalizada, a primeira fase do trabalho contemplará a realização de um diagnóstico sobre a situação dos idosos, incluindo indicadores sociais públicos e análise dos serviços municipais que dialogam com esse público.

O estudo contará, ainda, com a identificação do perfil socioeconômico, incluindo dados sobre escolaridade, doenças, expectativa de vida, vulnerabilidades, riscos e vítimas de violência. Serão identificadas também eventuais desigualdades sociais entre quem vive na área urbana e rural.

– É fundamental conhecermos quem são os 60+ para podermos entender como ajudá-los – analisou o médico Emílio Moriguchi, diretor do Moriguchi. 

Segundo a direção do instituto, os dados apresentados nesta fase serão complementados – e eventualmente ajustados – pelo Censo Demográfico recentemente realizado pelo IBGE.

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