LUTO

Morre aos 90 anos Brigida Peralta Benites

Brigida com a jornalista Ana Muller

Brigida Peralta Benites faleceu aos 90 anos no hospital Moinhos de Vento, na madrugada de 16 de outubro. Brigida foi mãe, avó, esposa e irmã dedicada a seus familiares e amigos, aos quais nunca negou acolhimento e orientação, relata a jornalista Ana Muller.

Trabalhou na Caixa Econômica Federal e orgulhava-se do diploma de Psicologia, tendo mantido uma fazenda terapêutica por quase 40 anos em Gravataí, oportunizando tratamentos para a região. 

Conforme Ana, Brigida deixa saudade além da família biológica, pois recebia a todos com amor, além dos talentos acadêmicos e espirituais. 

“Ela se entregava de maneira incondicional para que a gente reagisse e superasse situações”, lembra a jornalista, que a conhecia há mais de 30 anos e a amava como filha.

“Ela sempre me incentivava a seguir os estudos e amar minha profissão. Foi com ela que pela primeira vez ouvi os ensinamentos da Seicho-No-Ie, filosofia japonesa que foca na gratidão e no perdão”.

A jornalista envia também um depoimento emocionado sobre Brigida.

“Como eu queria falar com Deus e agradecer os quase 35 anos que passei ao lado da minha santinha.

Santa Brigida…

Uma vez a minha Brigida me contou a história da santa de verdade e do nome que ela trazia dos antepassados e a neta biológica que também sustentava o nome Brigida.

Eu a conheci perto dos meus 20 e poucos anos. Ela sempre serena. Foi a primeira pessoa que me falou em anjinhos não-nascidos (inclusive fui madrinha de dois naquela época) e também a primeira pessoa que me falou da Seicho-No-Ie.

Na academia de treinamento espiritual, uma das maiores da América Latina e situada em Gravataí, trabalhou na construção de maneira admirável, divulgando os ensinamentos de gratidão e o perdão.

Brigida, como católica, exalava em seus poros uma fé em Deus. Amava a vida com todas as suas células e celebrava cada dia, como um dia único.

Sempre a encontrava em ações sociais e acolhendo alguém. Esteve comigo nos melhores e piores momentos da minha vida, e nunca permitiu que eu me  orgulhasse ou me detonasse.

Santa mesmo era ela. Que todos os dias levantava e, independente das provas e expiações, incentivava quem a procurava a seguir sempre em frente.

Hoje eu sei que o amor que Brigida Peralta Benites dedicou pra mim foi a presença de Deus. Para eu não desistir da minha missão”.

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