Prefeito foi à capital da República em movimento coordenado dos municipalistas pela aprovação do projeto que pode garantir R$ 10 milhões par ao transporte em Canoas
Não importa se o leitor, caro amigo, gosta ou não da Sogal: sem subsídio, o transporte público para. Tirea Sogal dessa equação, se quiser, mas o problema será o mesmo. Só para se ter uma ideia, a maior cidade do país, São Paulo, aplicou em 2021 o equivalente a R$ 2,5 bilhões em subsídios ao transporte coletivo – mais do que Canoas arrecadou durante o ano inteiro, montante que passou pouco da casa dos R$ 1,8 bi.
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Gestores municipais ligados à Frente Nacional dos Prefeitos – FNP foram a Brasília nesta terça-feira, 15, pressionar congressistas em nome do projeto 4.392/2021, que prevê a transferência de recursos da União para bancar a gratuidade nas passagens das pessoas com mais de 65 anos. Ele cria o Programa Nacional de Assistência à Mobilidade de Idosos em Áreas Urbanas, o PNAMI – nome que, trocando em miúdos, é um subsídio, não se engane. E deve ser votado no Senado em turno único na tarde desta quarta, de acordo com informação do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, compartilhada com os prefeitos em romaria pela capital.
Se sancionado pela presidência da República, Canoas ganha cerca de R$ 10 milhões por ano para o transporte – grana que garante o funcionamento do sistema e sua melhoria até que a atual concessão seja encerrada.
Jairo Jorge, que integra a comitiva da FNP, esteve nas principais agendas políticas o projeto que deve ser o centro da pauta do Senado amanhã. O assunto é especialmente sensível em Canoas que vive um relação de dependência e ódio com a Sogal desde sempre, mas agravada durante a pandemia. Só no ano passado, a prefeitura teve que desembolsar mais de R$ 7 milhões para manter os ônibus nas ruas – nem os funcionários recebem mais se não houver aporte de recursos públicos no sistema – e não estou dizendo novidade alguma a qualquer canoense que acompanhou o noticiário no último ano.
Essa verdade inconveniente para todos que conhecem o serviço que a Sogal presta, embora não agrade, é inevitável. A articulação política dos prefeitos é que pode, por outro lado, livrar o caixa do município desse buraco sem fundo – como disse, até que uma nova licitação seja posta na rua trazendo renovação e qualidade.
É que o esperamos, pelo menos.