crise do coronavírus

Os milhares de Gravataí que estão no grupo de risco da COVID 19; teste se você escapa

Portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma e indivíduos acima de 60 anos são os mais propensos a ter complicações e morrer de COVID-19.

Ainda sem dados da Secretaria da Saúde, faço uma projeção do ‘grupo de risco’, aplicando estatísticas do Ministério da Saúde de 2019 sobre a população de Gravataí.

Siga os dados, um dia depois de três gravataienses morrem sob suspeita de infecção pelo SARS-CoV-2, como tratei em Há suspeita de 3 mortes pela COVID 19 em Gravataí; e a 24 horas do comércio reabrir, como já tratei em Hoje chocolate, amanhã UTI; Parabéns, Gravataí, por não aderir ao ’liberou geral’.

Os idosos são 30 mil em Gravataí, 10,6% dos 281.519 habitantes projetados pelo IBGE para o ano passado.

Os hipertensos, ou com complicações cardiovasculares são 69.535, ou 24,7% da população.

Os diabéticos, 7,6% das pessoas, perfazem 21.395.

Asmáticos são 8,6 mil, ou 3%.

Pessoas com HIV são 1.016, ou 0,3%.

Portadores de doenças renais 160, ou 0,05%.

Acima do peso correspondem a mais da metade da população: 156.806 (55,7%).

20% da população de Gravataí é considerada obesa: 56.303.

Detalhando mais a pesquisa feita pelo Seguinte:, entre os hipertensos/cardíacos/obesos, um dado que assusta quando o vírus começa a baixar para as periferias, é que os mais afetados são aqueles com menor escolaridade. Com até oito anos de estudo são 42,5%; entre 9 e 11 anos de estudo são 19,4% e com 12 ou mais anos de estudo são 14,2%.

Asmáticos são mais asmáticas. E desde bebês. Dos 6,4 milhões no Brasil, são 3,9 mi mulheres e 2,4 mi homens.

Na Aids, são 756.586, com 29,4% de subnotificação.

Conforme reportagem do Grupo Abril, estudo do British Medical Journal (BMJ) traz novos dados sobre a letalidade nos grupos de risco do novo coronavírus.

Os pesquisadores avaliaram 113 pessoas que morreram e outras 161 que se recuperaram da infecção em Wuhan, na China, onde a epidemia foi deflagrada. A idade média dos que vieram a óbito era de 68 anos, contra 51 nos curados.

A hipertensão arterial é uma das comorbidades mais associadas às complicações fatais: 48% dos falecidos tinha pressão alta, ante 24% dos que se recuperaram — o dobro!

Entre os que morreram, 21% possuíam diabetes — esse número caiu para 14% entre os que ficaram bem. E 14% dos falecidos sofriam com outras doenças cardiovasculares.

Provavelmente, os idosos estão mais suscetíveis às complicações do SARS-CoV-2 por causa de alterações no sistema imunológico naturais da idade. No caso dos males cardíacos, a circulação prejudicada e a debilidade dos pulmões parecem favorecer a agressividade da infecção.

Já o diabetes, principalmente o tipo 2, é um fator de risco para o agravamento de diversas infecções. Isso porque prejudica as defesas do organismo contra vírus, bactérias e afins.

Outros problemas são relacionados a complicações em decorrência do SARS-CoV-2: asma, enfermidades hematológicas, doença renal crônica, imunodepressão (provocada pelo tratamento de condições autoimunes, como lúpus ou câncer) e obesidade também estão ligadas às mortes.

Para as doenças que atacam os pulmões, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a relação é clara. São transtornos que já atrapalham a respiração. Nesse cenário, há acúmulo de secreção pulmonar e aumento da sensação de falta de ar.

Portadores da doença renal crônica também são incluídos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como membros do grupo de risco da COVID-19. Isso porque os rins são responsáveis pela filtragem do sangue e participam da resposta imunológica frente à uma ameaça viral. Fora que a lesão desses órgãos geralmente vem de outras doenças crônicas associadas a sintomas graves da infecção, como hipertensão e diabetes.

Sem dados oficiais da SMS, que também nãoi representariam a realidade exata, devido à subnotificação, não consigo chegar ao número exato de gravataienses no grupo de risco.

Não é possível somar todas as incidências, porque chegaríamos a 287.512 pessoas, número maior que a população. Obviamente, há muitas ‘comorbidades’ nas mesmas pessoas.

Mas inegável é que os números são assustadores e, acredito, produzam olheiras no rosto dos prefeitos Marco Alba, em Gravataí, e Miki Breier, em Cachoeirinha, como tratei em MPF ameaça Marco Alba e Miki Breier por isolamento social; ’CPFs ou CNPJs cancelados’ em Gravataí e Cachoeirinha?.

Ao fim, quem escapou de algum dos percentuais (alguém?), tenha ao menos compaixão e empatia por aqueles que estão com a vida em risco e sabem que não basta fazer arminha para ‘matar’ o vírus.

E quinta, dois dias após a suspeita de 3 mortes, caso o governador não altere o Decreto Estadual 55.177, ou o prefeito Marco Alba use de sua sadia teimosia para desobedecer a Eduardo Leite, mesmo que coloque seu mandato em jogo, como tratei em O que levou Marco Alba a anunciar abertura de empresas; o ’crime’, o comércio vai reabrir em Gravataí.

Pelo exemplo do mundo, quando CNPJs ganham de CRMs, aos CPFs reservam-se ambulâncias, leitos, respiradores e, infelizmente, sepultamentos em caixão fechado ou cremações sem velório, como antecipei em Vítimas da COVID 19 devem ser cremadas em Gravataí; caixão fechado.

 

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