coluna do cidade

Pessoas de bem não dormem sem machucar alguém

Se a musa brada

Envolta em lixo piruetando na calçada

Vaporizando poça d’agua

Sou seu instrumento nessa braçada

 

Se a musa brada

Chorando desafinada

Eu canto chorando e desafinando seu lamento

Desvelo dessa mágoa

 

Se a musa brada

Para encontrar um bem perdido

Em bem bebido néctar

Eu me lanço entorpecido

Para esse bem encontrar.

 

Em perpétuo e delicado movimento de respirar.

 

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