A Prefeitura Municipal de Gravataí e a Santa Casa estão no final das tratativas de renovação de contrato de serviços do Hospital Dom João Becker (HDJB). O que já está certo é o incremento no número de cirurgias eletivas e de leitos do SUS.
Um breve raio-x sobre o primeiro ano da administração da Santa Casa em Gravataí e um panorama da administração pública da saúde da cidade foi apresentado ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Gravataí (Codes) pelo secretário municipal da Saúde e procurador-geral do município Jean Torman.
– A negociação está em fase final. Deveremos aumentar o número de cirurgias eletivas em, no mínimo, 50% e as traumatológicas, que são uma demanda reprimida considerável que temos no município, deverão receber uma atenção especial – anunciou o secretário.
Atualmente são feitas em média 200 cirurgias eletivas por mês no HDJB e este número deve subir para mais de 300 no próximo ano.
Com relação ao número de leitos, dos 193 que o hospital possui 110 são de atendimento SUS, sendo que destes, apenas oito são de UTI (unidade de terapia intensiva).
A Santa Casa, sabendo da necessidade de ampliação de estrutura de atendimento em Gravataí está realizando obras de médio e curto prazo.
Estão previstos a ampliação da emergência SUS de 405 para 827 metros quadrados, com o aumento de 8 para 24 leitos de observação, a nova UTI, que passará dos atuais 10 para 20 leitos, e a construção de um centro de mais de 15 especialidades médicas (este último para convênios).
Os prazos para as obras são de até 14 meses.
– O centro de especialidades será em um prédio anexo ao hospital e todo o espaço físico que será aberto na estrutura do hospital será revertido para atendimento SUS, inclusive com a construção de mais leitos – relata o secretário, destacando que, para o porte da cidade, “Gravataí deveria ter 600 leitos públicos”.
– Claro que não esperamos isso em um curto prazo, mas a Santa Casa está disposta a construir alternativas com o município.
O secretário ainda afirmou que a UPA e o PAM 24 hortas atendem cerca de 160 mil pacientes por ano. Além disso, eles somados possuem 50 leitos, que contribuem com a estrutura hospitalar do SUS da cidade.
– Mesmo com tudo isso, todos os meses, transportamos cinco mil pacientes para Porto Alegre. Ou seja, nosso sistema está em colapso.
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