RAFAEL MARTINELLI

A triangulação de cargos que confirma vereador Fernando Deadpool na nova base do governo Zaffa pós-III Guerra Política de Gravataí

Deadpool é o primeiro na esquerda da foto, na inauguração de 350 metros da rua Imperador

O vereador Fernando Deadpool (sem partido) já faz parte da base do governo Luiz Zaffalon na Câmara de Gravataí. São os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos – alguns, dependendo do interlocutor, cometidos em cima ou atrás do muro, nas paradas da vida.

Além de aparecer na foto, ao lado de Zaffa, levantando cone na inauguração da rua Imperador, no bairro Natal, uma triangulação de cargos comprova.

Em Vereador Fernando Deadpool ‘está’ no governo do prefeito Zaffa em Gravataí; O ‘Ser Político’ contei que o chefe de gabinete do vereador – mais alto cargo de indicação dos parlamentares na Câmara – foi demitido para ser nomeado Assessor Especial do Gabinete do Prefeito, com salário de 8.827,97 mensais.

O triângulo agora se fecha com a nomeação da esposa do ex-chefe de gabinete como assessora legislativa de Deadpool na Câmara, com salário de R$ 5.380,00.

No Grande Tribunal das Redes Sociais, alguns disseram que era fake news, quando revelei o ‘Norte via Sul’ do político, a segunda volta do parlamentar para o governo – ele tinha saído em 2021 após votar a favor do primeiro subsídio de R$ 5 milhões para a concessionária Sogil operar o transporte coletivo municipal; leia em Fernando Deadpool saiu do grupo; Vereador de Gravataí desligou-se de WhatsApp da base de Zaffa e Vereador arrependido em Gravataí: Deadpool quer voltar a ser Juliette; O Pequeno Príncipe e a ’pauta-bomba da Sogil’.

Após a deflagração da III Guerra Política de Gravataí – Zaffa x Marco Alba, pós Abílio x Oliveiras e Bordignon x Stasinski –, com Deadpool já são três ex-oposicionistas que aderem à chamada ‘base do Zaffa’; Bombeiro Batista (Republicanos) e Clebes Mendes (MDB) completma o trio.

Deadpool é o mesmo que responde a ação assinada pelo prefeito e pelo vice-prefeito Dr. Levi Melo (Republicanos) por episódio envolvendo médica em posto de saúde; leia em Tem peso da assinatura do prefeito o novo pedido de Comissão de Ética que pode levar até a cassação do vereador Fernando Deadpool; Saiba o que diz ofício de Zaffa à Câmara de GravataíVereador mais próximo ao prefeito Zaffa também pede Comissão de Ética para Fernando Deadpool; A Câmara ‘Pelada Em Gravataí’Bomba política em Gravataí: Cláudio Ávila aciona Comissão de Ética que pode cassar Deadpool. Simers faz denúncia por ações nas UPAs; “Vão tentar me calar, prezo por minha segurança”, reage vereador e Vereador mais próximo ao prefeito Zaffa também pede Comissão de Ética para Fernando Deadpool; A Câmara ‘Pelada Em Gravataí’.

Ao fim, concluo como no artigo anterior: é mais um ‘bem-vindo à política’, o prefeito tendo que ser político, não mais o outsider da campanha, quando foi eleito com 51% dos votos sem nunca antes na história dessa cidade ter disputado uma eleição.

O que Zaffa e Dr. Levi estão experimentando me lembra o ‘Ser Político’, verbete do Millôr e entidade que transcende esquerda, direita ou nem-nem:

Ser político é engolir sapo e não ter indigestão, respirar o ar do executivo e não sentir a execução, é acreditar no diálogo em que o poder fala e ele escuta, é ser ao mesmo tempo um ímã e um calidoscópio de boatos, é aprender a sofrer humilhações todos os dias, em pequenas doses, até ficar completamente imune à ofensa global, é esvaziar a tragédia atual com uma demagogia repetida de tragédia antiga, é ver o que não existe e olhar, sem ver, a miséria existente, é não ter religião e por isso mesmo cortejar a todas, é, no meio da mais degradante desonra, encontrar sempre uma saída honrosa, é nunca pisar nos amigos sem pedir desculpas, é correr logo pra bilheteria quando alguém grita que o circo pega fogo, é rir do sem-graça encontrando no antiespírito o supremo deleite desde que seu portador seja bem alto, é flexionar a espinha, a vocação e a alma em longas prostrações ante o poder como preparação do dia de exercê-lo, é recompor com estoicismo indignidades passadas projetando pra história uma biografia no mínimo improvável, é almoçar quatro vezes e jantar umas seis pra resolver definitivamente o problema da nossa subnutrição endêmica, é tentar nobremente a redistribuição dos bens sociais, começando, é natural, por acumulá-los, pois não se pode distribuir o pão disperso, e é ser probo seguindo autocritério. E assim, por conhecer profundamente a causa pública e a natureza humana, estar sempre pronto a usufruir diariamente do gozo de pequenas provações e a sofrer na própria pele insuportáveis vantagens.

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