RAFAEL MARTINELLI

Acerta Zaffa ao buscar experiência do TCE para ‘autofiscalizar’ obras de pavimentação em Gravataí; De centímetro em centímetro, são mais de R$ 50 milhões em investimentos

Acerta o prefeito Luiz Zaffalon ao manifestar interesse em Gravataí participar do Laboratório de Análise de Obras Rodoviárias, lançado em dezembro pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). É transparência, não só para investimentos deste governo em asfalto, que vão superar os R$ 50 milhões até 2024, mas para as próximas gestões; cria compromisso.

O Laboratório coleta materiais de ruas, avenidas e rodovias para garantir que as exigências contidas nos editais sejam respeitadas.

Zaffa, junto ao secretário municipal de Fazenda, Planejamento e Orçamento Davi Severgnini, fez o pedido ao presidente do TCE-RS, Alexandre Postal, nesta terça-feira, em Porto Alegre, e também o convidou para palestrar em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes).

Na segunda, o presidente tinha acompanhado testagem feita pelo Laboratório na ERS-030, no trecho entre Glorinha e Santo Antônio da Patrulha, como o Seguinte: reportou em TCE verifica qualidade do asfalto na ERS-030; Presidente da corte de contas participa da operação.

– Uma dessas ferramentas, por meio de fotos de satélite, acompanha o andamento das obras e outra controla a qualidade da pavimentação, medindo a espessura e qualidade do material utilizado – lembra o prefeito.

– Usar essas ferramentas é importante para que Gravataí não apenas tenha as obras, mas também a garantia da qualidade das mesmas – conclui.

– Trata-se de um segmento que movimenta vultosas quantias de recursos públicos que exigem fiscalização permanente para assegurar o seu bom uso – observa Alexandre Postal, citando cálculos de que o Rio Grande do Sul tenha cerca de R$ 2 bilhões em obras de pavimentação.

– Se tivermos um contrato para realizar um pavimento com sete centímetros de espessura e encontramos apenas cinco e meio, houve uma falta de material que deveria ter sido registrada. Ocorre que existe um projeto que trata da durabilidade, qualidade, do pavimento – exemplifica o coordenador do Centro Especializado para Auditoria de Obras do TCE, engenheiro Cezar Motta.

Ao fim, é uma baita jogada de Zaffa, que vai além da transparência. Na gestão, cria um padrão alto para cobrar empresas por serviços mal feitos. Politicamente, garante um ‘habeas corpus preventivo’ caso seja alvo de denúncias: se o Laboratório do TCE não flagrou, como saberia o prefeito?

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