opinião

Acordo Mercosul-União Européia é ruim para GM Gravataí; there is no free lunch, nem marmita grátis

Complexo automotivo da General Motors, em Gravataí

There is no free lunch.

Não há almoço de graça, diz o CEO no jatinho.

E, invariavelmente, quem paga a conta é a Senzala, mesmo que aquela com complexo de Casa Grande.

Na série de artigos Trump, Gravataí, almoço e marmita de graça; o futuro da GM, Se precisar fechar, GM fechaO que queria que a GM mostrasse ao prefeito; é dúvida de todos, acreditoSe precisar fechar GM, fecha; secretário de Bolsonaro avisa, Gravataí espera aterrorizadaO blefe da GM; quem paga esse almoço? e Onde a Gravataí da GM encontra a mulher do Bolsonaro e a filha de Moro, publicados pelo Seguinte:, chamei atenção para o risco da GM ir embora de Gravataí após encerrar o ciclo de investimento do ‘show do bilhão’, em 2021.

Terrorismo, acharam alguns.

Agora, serve como alerta aos prefeituráveis, que se preparam para, a partir de 2021 governar a ‘Terra da GM’, 'Futura-ex-Terra da Pirelli', os termos do acordo Mercosul-União Européia, no que diz respeito à indústria automobilística brasileira.

Não parece nada bom.

Conforme o pacto celebrado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta semana, o Brasil poderá importar carros europeus com imposto de importação reduzido pela metade.

O acordo só valerá a pleno em 15 anos. Não é uma abertura descontrolada, já que os governos sul-americanos concordaram em baixar imediatamente o porcentual para uma cota de veículos, que representa o que os países importaram dos europeus no ano passado.

Por enquanto, cairá de 35% para 17,5% o imposto de importação para até 50 mil carros por ano, sendo 32 mil para o Brasil. Essa é a mesma quantidade importada pelo Brasil no ano passado.

Veículos que ultrapassarem a cota continuarão pagando 35% por sete anos após o início o acordo. Depois, as tarifas cairão gradualmente chegando a 17,5% em dez anos e a zero em 15 anos. Já as autopeças não terão carência e a maior parte delas deve chegar à taxa zero nos primeiros dez anos do acordo

Mas, e não é torcida, nem secação, desconfio estarmos frente a uma ameaça de desmonte da indústria nacional de veículos.

Aos que não entenderam o ‘terrorismo’: a GM não fabrica carros para a Europa, mas os veículos europeus entrarão mais baratos no Brasil.

Ok, o consumidor ganha. Mas, e a ‘terra da GM’?

Definitivamente, there is no free lunch; e muito menos free marmita.

 

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