opinião

Aniversário mostra tamanho do Jones

Jones Martins reuniu cerca de mil convidados para comemorar aniversário no CTG Aldeia dos Anjos

No que foi mais aniversário do que um ato político, Jones Martins mostrou, ao comemorar 48 anos com um CTG Aldeia dos Anjos lotado, que para além das fofocas está vivo na disputa pela indicação como candidato à sucessão de Marco Alba, em Gravataí.

 

Assista ao vídeo produzido pelo Seguinte: e depois siga o texto

 

Sete vereadores da base governista estavam presentes. Quatro dos cinco de seu MDB (apenas Alan Vieira não foi), “o meu partido”, o que repetiu por 9 vezes sobre sua única sigla, pela qual foi presidente da juventude, vereador por duas vezes, secretário do Ministério da Saúde e deputado federal por dois anos.

– Tem tanto futuro quanto passado – disse, ao apresentar Nadir Rocha, decano da Câmara com cinco mandatos, presidente do legislativo por quatro vezes e ‘camerlengo da sé vacante’ ao ocupar a Prefeitura internamente em 2011 e 2017.

– Brilhante – falou sobre Clebes Mendes, atual presidente da Câmara.

– O campeão de votos – anunciou Paulinho da Farmácia, o mais votado da atual legislatura.

– Exemplo de persistência e representante da Assembleia de Deus – introduziu Alex Tavares.

Saudou também os parlamentares Neri Facin (PSDB), Mario Peres (PSDB) e Roberto Andrade (PP); suplentes como Eduardo Muller (MDB) e Régis Fonseca (PSD); ex-vereadores como Gerson Rovisco, Zilon Espíndola (MDB) e Beto Pereira (PSDB); os ex-prefeitos Sérgio Stasinski (PV) e Edir Oliveira (PTB); o vice-prefeito de Glorinha Jean Medinger (PSD); presidentes de partidos como Sônia Oliveira (MDB), Nei Soares (PV) e Sandro Righi (PSL); o presidente do Sindilojas José Rosa; secretários municipais como Tanrac Saldanha (Republicanos), Denner Silveira (PSDB) e Yuri Camargo, e outsiders da política como Fernando Deadpool, além de pré-candidatos a vereador.

“Meu irmão”, disse Jones, ao fazer uma citação especial ao ex-vice-prefeito Francisco Pinho (PSDB).

– Há dois anos comemorei aniversário aqui e, mesmo como deputado federal candidato à reeleição, não reuni tantos amigos. Isso não tem preço – emocionou-se, na festa que teve shows e homenagens como a declamação do gauchinho Benício Dahmer, 9 anos, do CTG Amanhecer do Rincão, de uma poesia de Rufino Gonçalves da Silva sobre idealistas vs. ídolos de barro, além de um encerramento apoteótico com a banda da torcida Popular do Inter batucando e cantando “vamo, vamo Joneeeees”.

Só Jones falou, confirmando o convite para a festa de aniversário, e não para um palanque para eleição de 2020.

– Nosso governo é espetacular, de obras e realizações, comandado pelo prefeito Marco Alba – disse, ao se referir aos oito anos do MDB no poder.

– Como deputado, pude colaborar com Gravataí – disse, lembrando os cerca de R$ 20 milhões em emendas e repasses para a saúde que conseguiu liberar do governo Michel Temer.

Sobre eleições, Jones preferiu lembrar 2008, quando concorreu a prefeito e fez 51 mil votos, ficando atrás apenas de Rita Sanco (PT), com 68 mil votos, a substituta nos últimos quatro dias do impugnado Daniel Bordignon, que apareceu com a foto na urna.

– Mais três dias e ganharíamos aquela eleição!

Experiente em campanhas e discursos, Jones levantou os convidados, aos gritos, dizendo que “eleição não se ganha com arrogância ou o pragmatismo dos números de pesquisas” e é preciso “pular valão, pedir voto para a dona Maria, ir à igreja, à terreira, falar do nosso projeto que está mudando para melhor a vida das pessoas e lutar pela vitória”.

– Não sei o que vai acontecer no futuro. Eu quero estar com vocês, e você vão dizer o melhor caminho, não para o Jones, mas para a nossa utopia – finalizou, antes de dançar o ‘Parabéns Gaudério’ com a esposa e filhos.

 

 

O prefeito não foi ao aniversário. Marco Alba não respondeu (nem visualizou) mensagem de WhatsApp que enviei pedindo um comentário.

Analiso em outro artigo o que, nas conversas entre políticos, para uns foi uma incompatibilidade de agendas; para outros foi sinal de que, ou Jones não é o candidato, ou o prefeito não quer minimamente antecipar a escolha do sucessor; e para outrem foi um teste de fidelidade aplicado por Marco Alba no companheiro de 30 anos de partido.

Poste Jones não é. Luz própria, força política, paixão e poder de envolver os seus mostrou pela energia da festa. Quem for o candidato oficial precisa do legado de Marco, obviamente porque é bom, mas qualquer outro candidato – que não Jones – dependerá mais de Marco do que ele.

Ao fim, Jones está onde sempre esteve: no páreo para ser candidato a prefeito de Gravataí em 2020.

 

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