No artigo 25 mil bolsonaristas descontentes no ’país’ Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha; O Retrato de Dorian Gray, publicado dia 11 no Seguinte: observei que “se Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha formassem um país, Jair Bolsonaro teria sido eleito com sete em cada dez votos em 2018: 150.655 confirmas nas urnas dos três municípios.
Para chegar aos 25.610 eleitores que apostaram na aventura do ‘mito’ e já avaliariam o governo como regular/ruim/péssimo, 17%, ou quase dois a cada 10 dos bolsonaristas de oito meses atrás, apliquei pesquisa Datafolha referente aos primeiros seis meses de presidência.
Utilizando a mesma metodologia, a partir de novo levantamento do Datafolha é possível dizer que, no ‘país’ Gravataí-Cachoeirinha-Glorinha, dos 298 mil eleitores, 120 mil, ou 4 em cada 10, avaliam que Bolsonaro não fez nada de muito positivo ou que mereça destaque em seus seis meses de governo.
O cenário está em levantamento feito pelo instituto de pesquisas nos dias 4 e 5 de julho. Incitados a responder livremente (não foram dadas opções) o que o presidente teria feito de melhor até então, 39% dos entrevistados responderam “nada”.
Esse percentual sobe para 45% entre mulheres e pessoas com apenas o ensino fundamental, para 46% entre negros, para 47% no Nordeste, para 52% entre adeptos de religiões de matrizes africanas e para 76% entre quem avalia o governo como ruim ou péssimo.
No artigo anterior concluí que “se pesquisa é uma ‘fotografia do momento’, para Bolsonaro os primeiros 120 dias de governo foram O Retrato de Dorian Gray.”
Acrescento: degenerando.