Sem o mesmo ‘acidente político’ que aconteceu no Grande Tribunal das Redes Sociais de Gravataí com os R$ 5 milhões da Prefeitura para a Sogil, o governo Miki Breier (PSB) já repassou R$ 1,4 milhão a concessionária do transporte coletivo, a Transbus, para congelar a passagem municipal de Cachoeirinha em R$ 4,60 e indenizar perdas da pandemia.
A Câmara de Vereadores aprovou o subsídio enquanto o município estiver em calamidade devido ao novo coronavírus. Já foram aportados para o transporte coletivo neste ano R$ 200 mil em 9 de março; R$ 300 mil em 31 de março; R$ 300 mil em 7 de maio e R$ 300 mil em 9 de julho.
Em 2020 a Prefeitura já tinha adiantado a compra de R$ 120 mil em bilhetes para distribuir como vale-transporte para o funcionalismo público municipal.
– Havia risco de atraso de salários dos funcionários da empresa – justifica a secretária municipal de Segurança e Mobilidade.
Conforme Tatiana Boazão, o subsídio garantiu o congelamento em 2020 e 2021 nas linhas municipais. O reajuste normalmente seria concedido no mês de julho após o dissídio dos trabalhadores do setor.
As linhas intermunicipais (Transcal, Sogil e TM), de responsabilidade do Governo do Estado, tiveram um reajuste de 4,83% de 1º de julho, o que já analisei em Nem o ’Seu Sogil’, nem o Zaffa aumentaram a tarifa do Gravataí-Porto Alegre; A hora do pesadelo (o subsídio).
A secretária confirma pressão da Transbus por mais subsídios.
– Pedem R$ 1 milhão – revela.
O cálculo da empresa é de que a queda de passageiros foi de 12 mil/dia para 2 mil/dia entre março de 2020 e março de 2021, o pior mês da pandemia. Atualmente o número de passageiro é de, em média, 7 mil/dia. As gratuidades correspondem a 40% dos usuários.
– As restrições da pandemia, como número de passageiros por ônibus, oneraram a empresa, que também já vinha sofrendo com o efeito dos aplicativos tipo Uber.
“…
Torço a discussão não seja rebaixada ao “deixa aumentar a passagem que o povo usa Uber” – falsidade cometida por desinformados e informados do mal. Seria infantil, não fosse injusto, comparar o gasto de um trabalhador que utiliza ônibus diariamente com o de alguém que chama o aplicativo apenas quando precisa.
Fato é que nem a chegada do 2022 eleitoral vai estacionar o debate. Já vá perguntando a seu político(a) de estimação o que ele(a) faria se estivesse hoje sentado(a) na cadeira principal do segundo andar do palacinho ocre da José Loureiro da Silva; e/ou o que vai sugerir para a passagem dos ‘branquinhos’ não passar dos R$ 7.
Mamãe não quero ser prefeito, mas, fosse eu, proporia no IPTU ‘a taxa da tarifa zero’, só que com os ricos da Paragem pagando mais que os pobres do Rincão. Bem mais.
Mamãe não quero ser prefeito, mas, fosse eu, proporia no IPTU ‘a taxa da tarifa zero’, só que com os ricos da Paragem pagando mais que os pobres do Rincão. Bem mais.
…”
Ao fim, é como já analisei em uma série de artigos quando a ‘pauta-bomba’ se armou em Gravataí: o subsídio para o transporte coletivo será ‘institucionalizado’ nos orçamentos públicos, ou o preço das passagens explodirá. Reputo o debate sobre como financiar a ‘tarifa zero’ é o que precisa avançar. O subsídio é inevitável neste tempo de ‘uberização’.
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