Ao que tudo indica, Canoas entra 2021 sem ônibus nas ruas. A greve dos rodoviários está prestes a completar uma semana nesta terça-feira, 29, sem uma perspectiva clara de solução. Com salários pagos em atraso desde fevereiro, diferença de vale-refeição e horas extras não quitadas, decidiram em assembleia cruzar os braços até que a Sogal ofereça uma proposta razoável para resolver o problema.
LEIA TAMBÉM
CANOAS | Três desafios e uma dúvida para o novo governo Jairo Jorge
CANOAS | Primeiro projeto de Jairo Jorge prevê economia de R$ 12 milhões
Na sexta-feira, a prefeitura anunciou que vai comprar mais R$ 200 mil em passagens para serem distribuídas às famílias atingidas economicamente pela pandemia. O recurso não faz nem cócegas na montanha de dúvidas que a empresa acumula; mesmo sem informações oficiais, sabe-se que há dividas com o FGTS, passivos trabalhistas, com benefícios de funcionários e até fornecedores.
Com o que entra na roleta, a Sogal informa que paga o diesel da operação diária e o salário do mês dos funcionários. Não sobra para as demais obrigações.
Ainda no final de semana, rodoviários grevistas em vigília na frente da sede da empresa resolveram que não fariam o proposto marcado para está segunda-feira em frente à Prefeitura. "Não queremos ser massa de manobra para empresa ficar pressionando a prefeitura", diz Marcelo Nunes, presidente do Sindicato dos Rodoviários. "Ano passado, quando fomos para Câmara cobrar uma solução, fomos mal interpretados".
Em época de troca de governo, não querem ser vidros como pedra ou calço no sapato de ninguém.