Vereador respondia a Comissão de Ética por denúncia de que teria praticado ‘rachadinha’; nada ficou provado
A Comissão de Ética que Partido Novo estadual abriu contra o vereador Jonas Dalagna, de Canoas, deu em nada. Ele havia sido denunciado por um desafeto interno por suposta prática de ‘rachadinha’, mas nada ficou provado – provavelmente, porque nada tinha. Sua filiação, que estava suspensa desde março, está ativa novamente. E para não dizer que ficou por isso, a comissão propôs uma advertência a Jonas por nomear assessor sem prévia consulta ao partido.
Jonas não será expulso da sigla, como pretendiam os caciques da legenda que estavam por trás da denúncia – notadamente Fábio Ostermann, ex-deputado estadual pelo partido. No entanto, isso não quer dizer que o ‘fico’ do vereador seja definitivo. O clima ele e o Novo azedou faz tempo. Da eleição de 2022 para cá, a fissura entre eles virou uma falha geológica. Tudo indica que na janela de março, Jonas troque o Novo pelo PP sem qualquer piscadela pelo retrovisor.
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É curioso, esse partido Novo. Em 2020, chegou em terceiro em uma eleição polarizadíssima entre Luiz Carlos Busato e Jairo Jorge, fez bancada e tinha tudo para virar uma alternativa de direita conservadora sem o ranso bolsonarista nem o estígma de ‘velho babão’ dos rancorosos líderes do passado.
Jonas, indo para o PP, deve abrir abrir duas portas para 2024: a primeira delas, para disputar um novo mandato na Câmara; a segunda, para concorrer a prefeito. Parece que a tentativa do Novo de empurrar Jonas para fora nem lhe fez tão mal assim.