ELEIÇÕES 2022

CANOAS | Otto e a ‘pedagogia da ação e reação’; a dissidência que pode rachar o coletivo jairista

Otto decide não fazer campanha para Felipe Martini e pode abrir dissidência no coletivo jairista. Foto: Arquivo Seguinte

Vereador e sobrinho de JJ afirma que não vai apoiar a candidatura de Felipe Martini, definida como prioritária para o grupo político ligado ao prefeito

A pouco mais de 20 dias para o início oficial da campanha eleitoral, a candidatura de Felipe Martini (PSD), considerada a preferencial entre o grupo político ligado do prefeito Jairo Jorge, tem uma dissidência: Jeffeson Otto. Vereador e sobrinho do ‘homem’, Otto não pretende pedir votos para o ex-número 1 do governo que disputará uma cadeira na Assembleia Legislativa em outubro.

“Acho que no pior momento do nosso partido aqui em Canoas o Martini esteve ausente”, diz Otto. “Há uma pedagogia nisso: às ações cabem reações”.

Em se tratando de quem Otto é, não dá para se considerar essa uma divergência pontual.

A queixa do ‘sumiço’ de Martini ainda é estridente entre os seus futuros apoiadores dentro do governo. Quando JJ foi afastado, o vácuo de uma liderança que defendesse seu legado político ensurdeceu sob o silêncio de Martini. Se esperava que ele, a exemplo do que ocorreu durante a campanha em 2020, fosse às telas e às redes posicionar-se e dar argumentos à militância jairista para entender a turbulência do momento. Em uma conversa com o blog na semana passada, Martini reconheceu a pouca visibilidade no período, mas atribuiu isso a um posicionamento estratégico. “Não poderíamos fazer movimentos que parecessem uma afronta ao Judiciário ou ao Ministério Público. Nem o Jairo iria querer isso”, disse. Para conferir o que disse Martini, o post Às urnas, alinhados: turbulências e crise à parte, Felipe Martini unifica ala jairista; o PSD sem faca no pescoço.

A postura de Otto pode abrir uma dissidência ainda maior nas hortes em favor de Martini, o que resultaria em uma reforço conveniente à outra candidatura que conta bom trânsito entre integrantes do governo: a de Márcio Freitas, do Avante. O temor de quem apoia o ex-secretário de Enfrentamento à Pandemia é que isso autorize outros jairistas a fazerem o mesmo; se Otto pode, por que não?

Ainda durante a semana, a turma dos panos-quentes procura Otto para dissuadí-lo da intenção, propondo a ele uma trégua com Martini em nome da política que o grupo representa – e também para evitar uma fermentação rápida de Márcio Freitas às vésperas da campanha. Num momento de tanto purgatório para os jairistas canoenses, a unidade pode ser uma bênção.

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