Segundo suplente do PTB confirmou ao blog que vai à Justiça pedir mandato uma vez que Jurandir deixou a sigla antes de voltar em março – mas Santana também já deu ‘tchau, querida’ ao partido
Jurandir Maciel (PTB) recém assumiu o mandato com a cassação de Laércio Fernandes (Podemos) e a possibilidade de uma nova dança das cadeiras já lhe ameaça. Além do recurso que Láercio promete empreender junto ao Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão da justiça gaúcha, o suplente do PTB, Sargento Santana, também pretende ir ao tapetão para assumir o mandato. O motivo: a Jurandir também trocou de partido, deixando o PTB e assinando ficha no União Brasil; ele só voltou em março de 2023.
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O retorno de Jurandir fez o PTB abrir mão da ação de infidelidade que poderia promover, mas não tira a legitimidade dos suplentes para o fazerem. Por isso, Santana tem uma ‘janela de oportunidade’ pelos próximos 30 dias: se entrar com a ação e provar que o atual titular também rompeu com seu compromisso de fidelidade partidária, pode herdar um mandato há cerca de 16 meses da eleição.
Canoas viveu isso na legislatura passada. Paulinho de Odé deixou o PT para concorrer a deputado federal pelo PCdoB e acabou cassado por infidelidade. Em seu lugar, assumiu i primeiro suplente, DJ Cabeção – que havia trocado o PT pelo PDT seguindo o caminho de Jairo Jorge, à época. Em nova ação, Paulo Ritter herdou o mandato e segurou a cadeira até 2020, quando acabou não sendo reeleito.
O curioso no caso do PTB é que Santana também não é mais filiado ao partido e, uma vez assumindo, pode acabar sendo algo – também ele – de uma ação por infidelidade. Santana está filiado ao PSD e pretende buscar um mandato na Câmara no ano que vem. O terceiro suplente, o ex-vereador Canhoto, também já deixou o PTB; o quarto, Betinho do Cartório é outro caso: também está no PSD.
Essa história vai longe: daqui a pouco vai faltar mandato para tanto suplente.