Paralisação dos metroviários fez com que composições transitassem com intervalos de 20 minutos durante toda a segunda-feira
Não foi um dia fácil para quem depende do Trensurb para circular pela região – mas a causa, cá entre nós, é justa. Uma mobilização chamada pelo Sindicato dos Metroviários determinou um ‘intervalão’ entre as composições de no mínimo 20 minutos durante toda a segunda-feira. Em dias normais, a média de intervalo é de 12 minutos – 6 em horários de pico.
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O dia de paralisação teve a adesão de quase 70% da categoria. Os metroviários acusam a Trensurb de descumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho que prevê o pagamento de adicional de risco de vida aos trabalhadores da segurança do metrô. Em assembleia geral na sexta, 5, decidiram cruzar os braços nesta segunda. Eles também reivindicam a retirada da empresa do Plano de Privatização do Governo Federal – medida já anunciada pelo presidente Lula, mas ainda não tomada oficialmente.
#Trensurb circula nos dois sentidos, mas com ‘intervalão’ de 20 minutos. Paralisação dos metroviários chega a quase 70% da categoria e pede o fim da privatização da empresa. Tem reunião na Justiça do Trabalho agora às 10h. #Canoas #BlogdoRB #ÉoSeguinte
— Rodrigo Becker (@BlogdoRB) May 8, 2023
Às 10h, em audiência com o Tribunal Regional do Trabalho, a paralisação foi considerada legal – ou seja, dentro do que prevê a lei, com o mínimo de 30% do efetivo de trens circulando para garantir a movimentação dos passageiros. A Trensurb também retomou os termos do acordo coletivo e se comprometeu com os pontos definidos no dissídio da categoria, aliviando a pressão entre os trabalhadores.
O Sindimetrô-RS, no entanto, manterá o estado de mobilização e já informou que no dia 23 de maio fará uma nova paralisação do serviço. Neste dia, a pauta única será a privatização da Trensurb e o risco de que a medida implique em aumento de tarifa. Hoje, para andar de trem em qualquer dos sentidos, o valor cobrado é de R$ 4,50.