Governo lançou na sexta, 2, maquete do que será o símbolo de gratidão das pessoas que escaparam da enchente pela solidariedade
Sem os milhares — talvez centenas de milhares — de voluntários, a tragédia de maio de 2024 teria sido muito pior para muito mais gente. Eles se atiraram à água com botes, barcos, jet skis e, muitas vezes, sem nada disso, para salvar pessoas que muitos deles sequer tinha visto antes. E que talvez não vejam de novo.
Nesta sexta, 2, a Prefeitura de Canoas promoveu um evento que apresenta ao público a maquete de um monumento em homenagem a estes heróis anônimos. A obra de arte nasce da criatividade do artista Ricardo Cardoso e será erguida sem o uso de recursos do município. A Corsan/Aegea é quem financia o monumento, como explicou o secretário de Cultura, Pinheiro Neto. “É fundamental que tenhamos na cidade espaços como esse. Será, certamente, um ponto turístico da cidade esse memorial aos Voluntários da Enchente”, disse.
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A obra deve ser concluída até 27 de junho, quando Canoas completa 86 anos de emancipação política. Na imagem estilizada de pessoas segurando um barco sobre as próprias cabeças e um cavalo — aqui, não somente um grande companheiro do gaúcho, mas também simbolizando o cavalo Caramelo, resgatado no Rio Branco sobre o telhado de uma casa submersa pela enchente —, afirma que foi da força dos anônimos que o canoense pode de escapar da tragédia. “Aqui muitas vidas foram salvas e também choramos muitas perdas”, lembrou o prefeito Airton Souza, ele também um resgatista em maio de 2024.
Particularmente, acho esse monumento necessário. É um lugar de memória para jamais esquecermos do que vivemos há um ano e da nossa incrível capacidade de superação. Será, também, um ícone encravado na cidade para lembrarmos das lições da enchente e do que todos — poder público e a comunidade — precisam fazer para que aqueles dias nunca mais se repitam.