O governo Cristian Wasem apresentou uma ‘conta Lady Gaga’, para justificar o investimento na contratação de shows e eventos para celebrar os 59 anos de Cachoeirinha, que dividiu opiniões na mídia e no Grande Tribunal das Redes Sociais desde a sexta-feira; leia mais em Noite cristã vai custar mais de R$ 200 mil no aniversário de Cachoeirinha; a UTI, o Fernandinho e o Pablo Vittar.
Conforme o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Ildo Jr., além da extensa programação de shows e atividades culturais, o aniversário teve impacto econômico positivo.
– Em uma estimativa simples, se cada uma das 35 mil pessoas que estiveram no Parcão na sexta-feira gastou R$ 50, movimentamos cerca de R$ 2 milhões só nesse dia – destacou o secretário, em referência à sexta-feira, 2 de maio, data em que o local registrou o maior público, impulsionado pelo show do cantor gospel Fernandinho.
– O evento teve também esse propósito: além de entreter, fomentar a economia local – completou.
A edição da festa teve uma praça de alimentação montada próxima ao palco. No espaço, foram comercializados bebidas, cachorro-quente, hambúrgueres, churrasquinho e pizzas.
O empresário responsável por esse ponto de venda avaliou os resultados: “Foi a segunda vez que participamos e esta edição superou a primeira. Atendeu às nossas expectativas”.
Conforme a nota da Prefeitura, o comércio ao redor do Parcão também registrou bons resultados. Um vendedor ambulante, que trabalhou com pastel e caldo de cana, comemorou: “Vendemos mil pastéis só na sexta-feira. Por mais eventos assim”.
Segundo a estimativa da Secretaria de Cultura, o evento como um todo movimentou cerca de R$ 3 milhões no fim de semana.
– Recurso esse que fomenta o comércio local e retorna aos cofres públicos através dos impostos – reforçou Ildo.

Ao fim, conta do retorno da contratação de show também foi feita pela Prefeitura do Rio de Janeiro: a ópera pop de Lady Gaga no sábado custou R$ 92 milhões e a projeção é de ter retornado R$ 600 milhões ao movimentar a economia, desde o comércio até hotéis e vôos.
Só reputo o cálculo de Ildo – 35 mil pessoas com gasto médio de R$ 50 cada – um tanto otimista. Não tenho, porém, informação suficiente para contestar. Restam os dados oficiais. Se o custo total do aniversário chegar aos R$ 2 milhões, e retornar R$ 3 mi, a Prefeitura tem um bom argumento, apesar da entrada no caixa não poder ser medida com a mesma rapidez da saída.