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Dana: Vários maestros, diversas mãos

Lançamento da Pedra Fundamental da Dana, em 1976. Da esquerda para a direita: José Carlos Bohrer, Slavko Rozmann, Wolfgang Limbacker e Ricardo Bruno Albarus (fundador da Albarus)

A Dana começou a operar no Distrito Industrial de Gravataí em 1978, daí a comemoração dos 40 anos de atividades da empresa no município. O lançamento da pedra fundamental, entretanto, aconteceu dois anos antes, combinando o importante movimento de ampliação das atividades da empresa no Estado, fora de Porto Alegre. A construção das fábricas e outras instalações da Dana aconteceu por etapas, alavancada por aquisições e novos negócios. A primeira unidade a operar foi a da antiga Divisão de Juntas Universais, popularmente conhecidas como cruzetas, e onde hoje são produzidos além das próprias cruzetas, os componentes para eixos cardans, seguida pela forjaria.

Em 1982, começou a operar um novo ramo na empresa. Uma fábrica de elastômeros — o nome técnico dos componentes de borracha, usados na produção de mancais para eixos cardans, coxins de motor e coifas de junta homocinéticas, dentre outros produtos. No ano de 1991, foi a vez da fábrica de anéis de pistão e, oito anos depois, em 1999, a divisão Fora de Estrada, com industrialização de componentes para veículos agrícolas e de construção.

A operação da divisão Fora de Estrada veio de Cachoeirinha, da antiga Albarus Sistemas Hidráulicos. Hoje, em Gravataí, a Dana ocupa uma área de mais de 5 mil metros quadrados, monta eixos para máquinas de construção e agrícola, transmissões e alguns cardans específicos.

Na busca por mais eficiência e consolidação de atividades administrativas, em 2004 a Dana inaugurou em Gravataí seu Centro de Serviços Compartilhados, com um prédio dedicado às ações administrativas e que concentrou no município atividades que apoiam as operações de manufatura no Brasil.

O centro consolida serviços como contas a pagar e receber, tesouraria, tecnologia da informação, compras, recursos humanos, logística e importação, jurídico, com importantes ganhos de escala, eficiência e permitindo que as demais operações se concentrem no que precisam fazer — a manufatura.

 

: José Carlos Bohrer, o presidente que trouxe a Dana para Gravataí, na empresa desde 2 de janeiro de 1954, quando ainda era Albarus

 

Mais investimento

 

A partir de 2014, a Dana iniciou a atualização da infraestrutura, modernizando transformadores, linhas de transmissão e renovando os acessos, com foco na acessibilidade, sem esquecer de um amplo e moderno refeitório, com 1,1 mil m², inaugurado em dezembro de 2016.

A construção levou aproximadamente 18 meses, e o local serve 2,4 mil refeições por dia.

— Estes movimentos nos modernizam e trazem a estrutura necessária para os próximos anos, com capacidade para atender às demandas crescentes de energia, conforto ambiental, segurança e crescimento — destaca Luis Pedro Ferreira, responsável por Relações Institucionais da Dana para o Brasil.

 

: Assinatura do termo de aquisição do terreno para a empresa, no início da década de 1970

 

MODERNIZAÇÃO EM ETAPAS

 

: Primeiras fábricas tiveram projeto do arquiteto Pedro Simch. Ajudou a elaborar um plano que define até hoje a ocupação do complexo.

: Um novo ciclo de expansão ficou a cargo da arquiteta Ângela Bohrer. Renovou e modernizou conceitos, com um viés de ampliação e eficiência no conforto ambiental.

: Arquiteta Márcia Miotti liderou mais uma etapa de crescimento. Elevou o conceito dos espaços administrativos.

: Projeto do refeitório, feito pelo escritório Arquitetura Nacional, retrata um plano moderno e sustentável para atender às exigências no ambiente da indústria nos próximos anos.

: A entrada da Dana e do que viria a ser o Distrito Industrial de Gravataí, em 1978

 

Miotti e a fama de construtor

 

Em 1977, o engenheiro José Domingos Miotti, considerado um “construtor” de fábricas, conheceu a área onde surgiria a fábrica em Gravataí.

No ano seguinte, ele teria papel fundamental na transferência da unidade de cruzetas para a cidade.

— Foi um dos projetos mais importantes da minha carreira — relata Miotti.

Foram 40 anos na empresa, e outros 10 como prestador de serviços, nos quais liderou as obras da Divisão de Cruzetas, as fábricas de elastômeros, anéis e de eixos pesados, em Gravataí e Cachoeirinha, além do Projeto Dakota, em Campo Largo (PR).

 

 

 

 

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