RAFAEL MARTINELLI

Dimas & Bordignon, Bordignon & Dimas, o vice-versa e o ‘nada vai nos separar’ em Gravataí

Teve ‘Choquei’ da política da aldeia no entorno da presença dos professores Daniel Bordignon (PT) e Rita Sanco (PT), ex-prefeita e ex-prefeito de Gravataí, que acompanharam o pronunciamento da presidente do sindicato dos professores de Gravataí – a como eles ‘CUTiana’ – Vitalina Gonçalves, nesta noite, na Câmara de Vereadores de Gravataí.

(Trato dos apelos da Vita em outros artigos, mas, em resumo, são as mesmas críticas que fiz ao projeto do governo Luiz Zaffalon que quer modificar a eleição de diretores; leia em ‘Pauta-bomba’ da eleição de diretores chega à Câmara de Gravataí projetando melhorar gestão e avaliação das escolas; Reputo há um erro essencial e um absurdo, mas garantia da democracia).

Mas vamos ao ‘Choquei’ – que, para quem não conhece, é um perfil de rede social de fofoca que bombou em cliques ao cobrir política nas últimas eleições presidenciais.

Fato é que Bordignon circulou junto de Dimas Costa (PSD), secretário-adjunto dos Esportes do governo Eduardo Leite (PSDB), primeiro suplente de deputado estadual em 2022, segundo colocado na última para a Prefeitura, em 2020, ex-vereador e ex-petista que como guri assistiu aos governos – e a mística – de Bordignon.

No plenário da Câmara, assim como nas festas jun(l)inas que estrelaram no findi, Bordignon apresentou Dimas como “futuro prefeito”. Tá, mas e Ele? Um humilde vice. Ou versa. Ou nem. Talvez candidato a vereador para ajudar o PT a voltar a ter a representação na Câmara que não tem, eleita nas urnas, desde 2012 – Dimas foi dos últimos!

Para completar a sedução, Bordignon lembrou do hino do Colorado que vergou o Barcelona:

– Nada vai nos separar! – sorria.

Ao fim, reputo a chapa – pela ordem alfabética – Bordignon & Dimas, ou Dimas & Bordignon, uma certeza.

Bordignon já fez gestos políticos para Rita – que não era da sua facção no PT, mas restou eleita prefeita como mais votada da história de Gravataí – e Anabel Lorenzi, na última eleição.

Também recebeu o gesto de Dimas – ao menos na época ‘renegado’ – que apoiou Rosane Bordignon na eleição suplementar de 2017. Perderam por apenas 4 mil votos entre 180 mil eleitores.

Imagino Bordignon, após o calvário de oito injustos anos longe das urnas, olhando para Lula III, com 78 anos, e ele com 64; novo ainda, para a lucidez que demonstra. Sabe que não tem como Dimas ser seu vice – o ex-vereador é do governo Leite, que certamente aceita ter um dos seus saindo do cargo para concorrer a prefeito com o apoio do PT, mas dificilmente aceita ser O VICE DO PT.

Aí, entra a matemática que monta inconteste minha tese da certeza sobre a chapa. Se Bordignon e Dimas concorrerem separados, racham a oposição e permitem Zaffa ou Marco Alba duelarem solos.

Para completar, o PT de Gravataí gosta de Dimas; ainda mais depois de saber que Dimas e a vereadora Anna Beatriz da Silva se relacionam com o vereador Cláudio Ávila como naquela máxima do Brizola, e aí traduzo: “se a Globo (Ávila) está de um lado, estou do outro”.

Inegável é que a III Guerra Política de Gravataí (Zaffa x Alba, pós Abílio x Oliveiras e Bordignon x Stasinski) chamou Bordignon e Dimas para a planície.

Ao fim, ‘Printe & Arquive na Nuvem’: estarão juntos.

Agora minha orelha vai esquentar: mais por culpa de Zaffa e Marco que brigaram, do que por vontade deles, Bordignon e Dimas.

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