Dimas Costa vai ‘dar um Bolsonaro’ em debates da eleição 2020. O candidato a prefeito pelo PSD não vai participar de encontros presenciais, assim como fez o hoje presidente eleito quando começou a liderar as pesquisas.
Pelo que apurei, o movimento foi antecipado nesta segunda, quando a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra) reuniu assessorias dos prefeituráveis para definir regras para ouvir as propostas de campanha e promover um debate eleitoral.
A sugestão de Dimas são debates online.
Liguei para Ana Cristina Pastro Pereira, e a presidente da entidade que reúne o PIB de Gravataí respondeu pelo WhatsApp:
– Bom dia Rafael, a reunião ocorreu hoje pela manhã com a participação de todos os prefeituráveis. Criamos uma comissão e em breve repassaremos as informações.
Inegável que é uma estratégia do candidato que, na pesquisa encomendada há um mês por seu partido, e a única registrada na justiça eleitoral, liderava a corrida eleitoral em Gravataí.
Quanto menos debates ocorrerem, e menor for o alcance deles, evita a propagação de um ‘todos contra Dimas’ e dificulta a ligação do candidato do governo, Luiz Zaffalon (MDB), um outsider que nunca foi testado nas urnas, com a popularidade do prefeito Marco Alba.
Para não participar de debates presenciais, o candidato do PSD usa um ‘habeas corpus preventivo’ que ganhou ao promover em modelo drive-in a convenção partidária que o escolheu candidato.
Sem torcida ou secação, o argumento de que políticos devem dar exemplo durante a pandemia é ‘contagiante’ para este jornalista, um Dr. Stockmann, em Um Inimigo do Povo, de Ibsen, denunciando o negacionismo de covidiotas e nemaíners, mas guarda certa hipocrisia, já que todas as candidaturas fazem ou vão fazer campanha de rua.
Ao fim, no que depender do Seguinte:, faremos todo esforço para apresentar os candidatos e suas propostas ao eleitor, para além dos debates do ‘novo normal’, que talvez sejam insípidos, inodoros e incolores como o promovido nesta segunda, em Porto Alegre, pela RBS, com candidatos dentro dos carros e poucos minutos para falar.
O jornalista Gustavo Mota bem descreveu em post:
– A comunidade científica publicitária faz o candidato dizer o que o povo disse que quer ouvir. Decidir o voto é para sensitivos…
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