crise da borracha

EXCLUSIVO | Prometeon pode seguir Pirelli e deixar Gravataí

Empresa dos chineses da ChemChina teriam manifestado a possibilidade em audiência no TRT-4, segundo contou há pouco o presidente da entidade dos borracheiros na cidade, Flávio de Quadros

Tudo que já está ruim, péssimo até, sempre pode piorar.

Depois da notícia de que a Pirelli de Gravataí vai desativar sua unidade de produção de pneus de motos até 2021, confirmada no começo do mês passado, concentrando a fabricação em sua estrutura na cidade de Campinas, interior de São Paulo, agora é a vez da Prometeon.

Foi o que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Gravataí, Flávio de Quadros, disse há pouco na audiência pública que está terminando na Câmara de Vereadores de Gravataí. Segundo ele, a Prometeon dos chineses da ChemChine podem seguir os mesmos passos da Pirelli.

 

LEIA TAMBÉM:

Pirelli vai fechar fábrica de Gravataí e demitir 900 empregados

COM VÍDEO | Anúncio da Pirelli tem impacto maior no futuro dos empregados

 

Imposto alto

 

O presidente Flávio de Quadros disse que ouviu representantes da cúpula da Prometeon admitirem a possibilidade de a empresa migrar para terras paulistas há cerca de duas semanas, durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, o TRT-4, em Porto Alegre.

A causa, conforme apurou, é a alta carga tributária especialmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada no Rio Grande do Sul. Aqui o imposto é de 18% enquanto em São Paulo, desde novembro de 2017, o governo limitou o ICMS a 12%.

 

PARA SABER

 

A audiência pública de agora à tarde no Legislativo de Gravataí foi chamada por uma Frente Parlamentar formada por representantes da Câmara e da Assembleia Legislativa do estado para discutir o problema decorrente da desativação da fábrica da Pirelli em Gravataí.

 

Impactos

 

O fechamento da fábrica da Prometeon, se acontecer, causa um recuo da ordem de R$ 10 milhões no retorno de tributos para os cofres da administração municipal, sem contar o R$ 1 milhão, aproximadamente, referente ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Além disso, seriam demitidos em torno de 1.600 trabalhadores que ocupam cargos dentro da Prometeon. Os números ampliam o impacto causado no setor borracha considerando os R$ 6 milhões de tributos que deixarão de ser recolhidos pela Pirelli, além das 900 demissões que serão feitas pela italiana de Milão.

 

OUTRO LADO

 

A reportagem do Seguinte: tentou contato com a direção da empresa Prometeon, em Gravataí, sem sucesso.

 

 

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade