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Exemplo na integração dos ônibus vem de Gravataí

Bilhetagem eletrônica sempre foi única em Gravataí | DIVULGAÇÃO

Enquanto as empresas que operam o transporte público em Cachoeirinha trabalham para, em um mês, sincronizarem o sistema de bilhetagem eletrônica pelo TEU e as linhas de ônibus municipais e metropolitanas para atuarem em integração, a modalidade completa, em 2019, o nono ano como uma realidade em Gravataí. Os resultados, garantem a administração municipal e a Sogil, que opera os coletivos municipais e metropolitanos na cidade, são satisfatórios do ponto de vista econômico e abrem espaço para a modernização do sistema.

— A integração é uma forma muito mais inteligente de se fazer transporte urbano, porque evita sobreposições de linhas e garante menos veículos circulando nas ruas. É, principalmente, uma economia ao usuário e aos empregadores. Muitas vezes, uma empresa que precisa pagar o vale-transporte, opta pelos moradores de Gravataí justamente pela passagem integrada com a bilhetagem eletrônica — avalia o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Alison Silva.

 

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Desde 2010, primeiro como um projeto-piloto após o convênio firmado entre prefeitura e Metropolan, depois, a partir de 2011, com funcionamento pleno, com o bilhete TEU, o passageiro de Gravataí que embarca em uma linha municipal e, em menos de 90 minutos, embarca em um metropolitano, tem descontado do seu cartão, no segundo embarque, apenas a diferença entre a passagem metropolitana e a municipal.

Como primeira consequência deste modelo, entre 2012 e 2013 houve redução na tarifa municipal. Em 2018, houve aumento, mas diretamente relacionado à modernização dos ônibus municipais.

— Já virou uma rotina para o passageiro, que tem um sistema com maior amplitude e capaz de atender a toda a necessidade da cidade. Desde o começo da bilhetagem, atuamos com o mesmo sistema nas linhas urbanas e metropolitanas, e isso facilitou no momento de implantarmos a integração — diz o diretor-geral da Sogil, Fabiano Rocha Izabel.

Conforme o dirigente, toda a operação da Sogil transporta em torno de 65 mil passageiros diariamente. Estima-se que 4% utilizem a integração.

O passageiro da cidade já sabe que, desembarcando de um municipal em qualquer ponto da cidade, terá a vantagem da integração se desejar seguir viagem em uma linha metropolitana. No caminho inverso, ao desembarcar do metropolitano, não tem desconto no cartão usando a linha municipal dentro dos 90 minutos estipulados pelo sistema. Foi o primeiro modelo deste estilo aplicado na Região Metropolitana, em boa parte, facilitado por uma mesma empresa atuar nos dois módulos de transporte. Em Cachoeirinha, as linhas municipais são gerenciadas, agora, pela Transbus, enquanto a Transcal opera as metropolitanas. Ambas com sistemas de bilhetagem diferentes.

 

O app do transporte público

 

O lastro criado por um sistema sólido, afirma o secretário Alison Silva, foi fundamental para o sucesso na implantação do aplicativo TimeBus, há pouco mais de um ano.

— É um plus no sistema — define.

Atualmente, são 10 mil downloads do aplicativo que permite ao usuário acompanhar todas as 240 rotas das linhas municipais de Gravataí. Desde a implantação, o secretário garante que 95% das linhas municipais estão adequadas aos horários estipulados pelas tabelas. Todos os ônibus da frota estão georreferenciados e equipados com câmeras.

 

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— Deu mais transparência, confiabilidade e segurança ao serviço. É um diferencial para que o usuário prefira ir de ônibus — afirma Fabiano Izabel.

Desde a implantação, o aplicativo já teve duas atualizações, e o próximo passo, atualmente em fase de estudos, diz Alison Silva, é a implantação também nos ônibus metropolitanos que atendem Gravataí.

— No Brasil inteiro temos visto uma enorme perda de passageiros, seja pela facilidade em comprar um carro ou pela defasagem do sistema de transporte urbano. Então, o caminho é se diferenciar e oferecer mais qualidade. O sistema de bilhetagem e integração foi um passo. O uso do aplicativo estimulou outros. A ideia final é fazer com que o usuário escolha o ônibus, não por uma obrigação, mas porque é melhor — resume o secretário.

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