Natural de Gravataí, aos 35 anos, o jornalista Giulliano Alves Pacheco é, de fato, uma figura pública muito presente nos principais eventos de Gravataí, assíduo frequentador das redes sociais – leia-se Facebook! – e, além de pai da Isabelle, de sete anos, trabalha no setor administrativo da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo há um ano e meio e, pasmem, é bailarino.
Mesmo com todas as atividades do dia a dia que concilia com o papel de pai e mãe (ele é divorciado), Giulliano encontra tempo para, duas vezes por semana, ir a Porto Alegre participar dos ensaios da Companhia Cadica de Dança, a Cia Cadica, da qual é um dos bailarinos. Aliás, a dança, que entrou em sua vida há cerca de quatro anos, já o levou à Rússia (nesta ocasião, como jornalista), recentemente à Turquia e a muitas cidades do Brasil.
— Realmente não é fácil conciliar trabalho, as atividades de pai e ainda encontrar tempo para a dança. Mas quando há amor naquilo que a gente faz e um bom senso de organização, a gente chega lá — afirma, convicto, o “Personagem” desta reportagem da editoria “O Melhor de Gravataí”, do Seguinte:.
Ballet clássico
Quando foi para a Rússia fazer a cobertura jornalística da excursão da Cia Cadica, inclusive a captação de imagens para um especial do programa Galpão Crioulo, da RBSTV de Porto Alegre, Giulliano conheceu, estreitou relacionamento e deu início ao que, hoje, é uma sólida amizade com a professora de ballet clássico Clarissa Pesce. Isso aconteceu ainda em 2014, segundo ele.
O interesse que ele demonstrou chamou a atenção da mestre que acabou por convidá-lo para cursar ballet na condição de bolsista. Sem o ônus da tradicional mensalidade que pagam os pobres mortais. E Giulliano se deu tão bem que, agora, desde janeiro, integra a Cadica dançando estilos folclóricos, como as tradicionais músicas gaúchas, o frevo, samba, entre outros…
Na Turquia
Mais recentemente, final de julho e início de agosto passado, Giulliano Pacheco esteve com a Cadica no Festival Internacional de Cultura e Arte de Büyükçekmece, um distrito de Istambul, na Turquia. Foram 64 países cadastrados para o festival, mas só 28 foram os selecionados, envolvendo 1.350 pessoas entre bailarinos e suas equipes de apoio.
Do Brasil, a Cia Cadica foi indicada pela Federação Brasileira de Artes e Culturas Populares (Febrarp). A participação verde-amarela se deu como ‘hour concour’ já que os brasileiros venceram duas edições do festival. Em 2014 com o Centro de Tradições Gaúchas Aldeia dos Anjos e em 2017 com o grupo Flor de Ribeirinha, do Mato Grosso. Se não trouxeram um troféu, agora, todos da Cadica ganharam medalhas pela participação.
Foi o primeiro festival do qual Giulliano participou na condição de bailarino, e ele voltou encantado da República da Turquia, país euro-asiático de 80 milhões de habitantes, aproximadamente, onde a burca se mistura às vestimentas ocidentais numa flagrante evolução do respeito às mulheres, o arroz, os molhos vermelhos e caldos são recorrentes no cardápio das pessoas e onde a lira turca é a moeda com a qual se compra souvenirs.
— Me chamou muito atenção a questão do patriotismo que existe lá. Em todo lugar, nas janelas das casas, nas paredes, entrada dos shoppings, em todos lugares há uma bandeira da Turquia — contou Giulliano.
A APRESENTAÇÃO
Confira no vídeo abaixo uma das apresentações da Cia Cadica – em que Giulliano aparece ao centro, e atrás, com um ‘bombo leguero’.
O futuro
Dançando há pouco mais de quatro anos, Giulliano Pacheco garante pelo menos uma coisa: quer continuar praticando a arte! Sobre onde vai dançar depois desta experiência internacional e de se apresentar em diversos palcos gaúchos e brasileiros, ou quando vai parar de dançar, não arrisca qualquer projeção.
— Não sei. Quero dançar enquanto tiver condições. E, onde, isso vai depender dos convites que receber — afirma, de modo simplório.
Para o jornalista-bailarino, dançar é uma atividade que pode ser praticada por qualquer pessoa. Sem uma idade previamente estabelecida para começar. Ele diz, por exemplo, que no grupo de ballet clássico que frequenta, da professora Clarissa Pesce, há pessoas idosas, sexagenárias, dançando.
QUEM É
: Giulliano Alves Pacheco
: Natural de Gravataí
: 35 anos
: Jornalista formado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) desde 2007
: Divorciado e pai de Isabelle, sete anos
: Atualmente funcionário da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (setor administrativo, apoio técnico)
: Sócio na empresa FG Comunicação, especializada em marketing para redes sociais
: Ex-diretor de comunicação na Câmara de Vereadores de Gravataí e ex-editor do Jornal de Gravataí.
A CIA CADICA
1
Funciona no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, onde foi fundada há 23 anos. Com diversas modalidades de dança para todas as idades, oferece, entre outras modalidades, aulas de flamenco, ballet, danças de salão, ritmos, jazz, tango e milonga, salsa, samba de gafieira, zouk, dança livre, stiletto…
2
Cláudia Pereira Costa, a Cadica, é alegretense, empresária, coreógrafa, professora e bailarina da companhia de dança que realiza diferentes tipos de shows, e diretora da escola Cadica Danças e Ritmos, que engloba diversos estilos de danças.
3
A Cia de Dança Cadica já participou de importantes eventos, projetos e espetáculos com shows flamencos, gaúchos e fusões de diversos ritmos. A Cia viajou também por vários países como Coréia do Sul, Portugal, China e Rússia representando a cultura Brasileira, e mais recentemente levou a bandeira do Brasil à Turquia.
A ENTREVISTA
No vídeo abaixo confira a entrevista de Giulliano Pacheco para o Seguinte:.
EM FOTOS
Veja abaixo imagens de Giulliano Pacheco e a Cia Cadica na Turquia.