A Prefeitura de Gravataí já começou a aplicar testes rápidos em pacientes com sintomas de síndrome gripal que procuram unidades de saúde, como o Seguinte: antecipou na semana passada. A mudança do protocolo passou a valer nesta terça.
Serão aplicados pelo menos 4 mil testes, o dobro dos realizados até hoje, em um projeto-piloto no SAE e nas unidades de saúde da família Neópolis, Águas Claras, São Judas Tadeus e Breno Garcia.
– O paciente que chegar na unidade de saúde com sintomas recebera o atendimento médico e terá o teste marcado para o dia adequado conforme o protocolo do Ministério da Saúde – explica o secretário da Saúde, Jean Torman.
Hoje, conforme a autoridade sanitária nacional, são submetidos à testagem apenas pacientes com síndrome gripal que se enquadram no grupo de risco, como idosos e portadores de comorbidades, além de profissionais da saúde e da segurança.
A testagem, conforme o protocolo, não será aplicada em crianças de zero a dois anos.
O estoque de testes rápido é, hoje, de 4 mil kits.
– Não sabemos os critérios do Ministério da Saúde para distribuição dos testes. Já questionamos administrativamente e ainda não recebemos resposta – informa o secretário.
A Secretaria Municipal da Saúde monitora casos de síndrome gripal com duas ferramentas.
Uma interliga todos os postos de saúde, registra o primeiro atendimento do paciente e, a partir de 48h, retoma o contato, para saber se houve manifestação de sintomas adicionais, que podem ser relacionados à COVID-19.
– Se o paciente procura a unidade de Morungava com tosse e coriza, que são sintomas leves e, depois de 10 dias, manifesta dor no corpo e dificuldades respiratórias, é dado o encaminhamento médico, que inclui a internação.
A outra ferramenta é o núcleo de regulação médica, que funciona dentro de Gravataí como a central de regulação de leitos do Estado. Assim que o médico solicita leito para internação, outros profissionais do núcleo identificam a disponibilidade de leitos no Hospital de Campanha, no Dom João Becker e no Pronto Atendimento 24h conforme a necessidade do paciente.
– Alguns pacientes precisam de UTI, com ventilação mecânica, para outros é necessária diálise, ou mesmo leitos intermediários. Assim que o leito é reservado, ambulâncias especiais para a COVID são acionadas para a transferência – explica Jean Torman.
Ao falar com o Seguinte:, o secretário não tinha os números da semana sobre pacientes que procuraram a rede municipal de saúde com sintomas gripais. Mas um dado que apresentou, referente a semana anterior, assusta.
– Com o frio que fez, transferimos para fora de Gravataí 96 pacientes, de casos graves ou moderados, que precisavam de leitos de UTI ou enfermaria. Em Gravataí, estávamos lotados.
Ao fim, parabéns. "Testar, testar, testar" é a orientação da Organização Mundial da Saúde desde abril, quando Gravataí tinha 18 casos e 1 morte. Hoje, já são 1366 casos e 49 vidas perdidas. Elogio, como há 10 dias, tinha criticado, em Gravataí e Cachoeirinha testam pouco para COVID 19, pelas duas prefeituras testarem 8 vezes menos que as recomendação da OMS.
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