CULTURA

Gravataí prepara programação para celebrar os 69 anos de história e resistência do Clube Social Negro Seis de Maio

Cantora Glau Barros é a nova presidente do Seis de Maio

Gravataí organiza ações comemorativas dos 69 anos do Clube Social Negro Seis de Maio, além das celebrações do septuagésimo aniversário da instituição. A reunião, liderada pela nova presidente do clube, Glau Barros, levou à Sala João Alberto Lessa, localizada na Casa de Cultura de Gravataí, o secretário municipal de Cultura, Patrick Silva, e de representantes de instituições culturais locais, reforçando a parceria entre o poder público e o movimento negro.

Durante o encontro, foi estabelecido um cronograma de atividades que ocorrerão entre maio e junho, distribuídas entre a Casa de Cultura, o Quiosque da Cultura e a sede do clube. Entre os destaques está uma exposição inédita no Quiosque da Cultura, complementada por projeções na Casa de Cultura, que narrarão a trajetória do Seis de Maio. Intervenções artísticas, um circuito histórico temático e um bate-papo aberto ao público também integrarão a programação, com o objetivo de reforçar o legado do clube como símbolo de resistência e valorização da cultura afro-brasileira.

A data simbólica de aniversário será celebrada em 10 de maio, com a tradicional degustação do “bolinho” — herança cultural mantida pelo clube desde sua fundação.


História de luta e celebração

Fundado em 6 de maio de 1956 por um grupo de homens negros, incluindo Adão Pedro dos Santos, Luis Bertholdo e Alfredo Nascimento, entre outros, o Seis de Maio surgiu como espaço para festejos e preservação da identidade negra em Gravataí. Originalmente batizado de Sociedade Recreativa Seis de Maio, o clube passou a adotar o nome atual após atualização estatutária em 2009, consolidando-se como o primeiro Clube Social Negro do município vinculado ao Movimento Negro.

Na década de 1960, a criação do Departamento de Carnaval deu origem à Escola de Samba Acadêmicos de Gravataí, ampliando o impacto cultural da instituição. Hoje, o clube mantém tradições como o Baile de Carnaval Infantil, o Baile da Primavera e o Dia da Cultura Afro-Brasileira, além de ser referência na promoção de ações comunitárias.

Parceria para fortalecer a cultura negra

“Este é um passo fundamental para visibilizar nossa história e garantir que as novas gerações conheçam a contribuição negra na construção de Gravataí”, disse Glau. Já o secretário Patrick Silva enfatizou o papel do clube como “patrimônio vivo da cidade”, ressaltando o compromisso da pasta em apoiar iniciativas que combatam o apagamento histórico.

Carlos Albani, historiador do Museu Agostinho Martha, e Mari Velleda, coordenadora do Quiosque da Cultura, também participaram dos debates, contribuindo com propostas para integrar acervos e narrativas locais às atividades.

As ações planejadas não apenas celebram o passado, mas preparam o terreno para os 70 anos do clube em 2026, com projetos que incluem a digitalização de documentos históricos e a ampliação de parcerias educacionais.

Para a comunidade de Gravataí, a programação é uma oportunidade de revisitar raízes e celebrar a resistência que mantém viva a chama da cultura negra na região.

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