A principal bandeira atual do Distrito Industrial de Gravataí pode, finalmente, estar próxima de ser atendida. Em um mês, a prefeitura deve concluir um projeto estrutural para ser executado pelo Daer, com recursos do governo estadual, alterando o acesso da RS-118 ao distrito, entre as avenidas Centenário e Plínio Gilberto Kroeff. Um projeto, segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Alison Silva, que deve ficar 90% mais barato do que o Estado planejava pagar para aquele trecho no pacotão de obras relacionadas à duplicação da RS-118.
Liderados pelo diretor de Relações Institucionais da Dana, Luís Pedro Ferreira, um grupo de representantes de indústrias do distrito havia levado a reivindicação ao prefeito Marco Alba (MDB) no ano passado. Aí o assunto virou prioridade também para a administração municipal.
— Aquele trecho não é uma responsabilidade do município, mas é evidente que o problema tem consequências terríveis para o funcionamento de toda a cidade, então, era compromisso nosso buscar uma solução — aponta o secretário.
A estimativa é de que pelo menos 70 mil veículos utilizem a atual rótula na rodovia semanalmente. Precária, o resultado que ela deixa é de pelo menos cinco acidentes por semana. Em um deles, um funcionário da Dana acabou vitimado recentemente.
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E não haveria palco mais adequado para que as cinco propostas de projetos, desenvolvidas pela Tranzum Consultoria de Trânsito, fossem apresentadas do que o auditório da Dana, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), na manhã desta quarta.
— Projetamos soluções como o alargamento de pista da RS-118, e até uma proposta de criação da terceira faixa em um trecho da rodovia, semáforos na saída de Gravataí pela RS-118 e na saída do distrito, além de um novo retorno e terceira pista na Avenida Centenário, semelhante ao retorno que fizemos na Adolfo Inácio Barcelos, próximo ao Aldeião — diz Alison Silva.
As propostas apresentadas pelo município complementam o que já havia sido projetado ao final da duplicação da Avenida Centenário.
O plano inicial do Daer para solucionar o gargalo às portas do Distrito Industrial inclui as construções de viadutos em três níveis. Uma obra R$ 20 milhões, que tinha previsto pelo Daer a abertura do processo de licitação no ano passado — o que não aconteceu.
— Ainda restam detalhes para fecharmos o projeto executivo e orçamento destas propostas que elaboramos, mas a perspectiva é de um custo não superior a R$ 2 milhões — garante o secretário.
A partir da finalização do projeto, aí os representantes do distrito voltam a campo, com um aliado político de peso. O prefeito Marco Alba comprometeu-se a levar o assunto diretamente ao governador Eduardo Leite (PSDB). É que, para passar da projeção animada pela prefeitura, o projeto terá de ser encampado pelo Daer.