Com 6 casos de dengue, Gravataí ainda está com “carga viral baixa”. Conforme critérios do Ministério da Saúde, a “carga viral alta” corresponderia a, entre nossos 285 mil habitantes, pelo menos 15 casos autóctones, ou seja, contraídos dentro do município.
Dos 6 casos diagnosticados entre 141 notificações em 2022, os dados epidemiológicos apontam 2 autóctones e 4 ‘importados’.
O primeiro caso, ‘importado’, foi registrado pela Vigilância Municipal em Saúde (Viemsa) em 26 de março. Em 26 de abril subiu para 6 casos, o que se manteve até esta terça-feira, 3.
– Mesmo com cenário de carga viral baixa mantemos a vigilância constante e monitoramento. Nossas equipes realizam trabalho permanente e diário de combate ao Aedes aegypit, além de atender às denúncias – informa o secretário da Saúde, Régis Fonseca, que mantém a orientação para que, em caso de sintomas da doença, gravataienses procurem a unidade de saúde mais próxima.
Os sintomas são dor de cabeça, febre alta, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele, dor atrás dos olhos, náuseas e dores abdominais. Em casos mais graves, pode haver hemorragia e perda de líquido.
Régis relata que a Prefeitura tem feito ações nos bairros para controlar a proliferação e a identificação de focos do mosquito Aedes aegypti. Agentes de Combate a Endemias, do Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Biológicos da Viemsa, tem aplicado o ‘fumacê’ em bairros da cidade, além de realizar visitas domiciliares e em pontos estratégicos, como cemitérios, borracharias, floriculturas, ferros-velhos e depósitos de material de construção, além do atendimento às denúncias.
– Reforçamos que é muito importante que as pessoas façam a sua parte, não deixando água parada, bem como seguindo todas as recomendações preventivas. Para eliminar a proliferação do mosquito, é fundamental a eliminação dos criadouros – alerta o secretário.
Ao fim, o cenário é controlado, mas faço o mesmo alerta que em Casos de dengue alertam Gravataí e Cachoeirinha; Onde já há transmissão comunitária: precisamos de cuidados redobrados, já que a dengue é também uma 'doença do saneamento'. Ou melhor, da falta de saneamento. E Gravataí é a pior do RS, e uma das piores do país, em saneamento básico, como reportei na última semana em Gravataí cai mais no ranking e segue entre piores do saneamento no Brasil; ’Tem que privatizar Corsan’, diz Zaffa.
A especialista em saneamento ambiental Iene Figueiredo, professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos estados mais atingidos pela dengue, é uma das cientistas a apontar que a falta de saneamento facilita a proliferação do mosquito.
– Um ambiente não saneado atrai todo tipo de vetor. Falamos de rato, barata, mosca e também mosquito – disse em estudo publicado pelo Diário do Sudeste que mostra que áreas sem saneamento aumentam o risco de contrair dengue por facilitarem criadouros do Aedes aegypti.
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