SAUL TEIXEIRA

Grêmio amarga “deserto de ideias” e vira refém dos 45 pontos

Futebol não é apenas intuição. É necessário certa dose de preparo, planejamento, treino, rotina e repetição. O Grêmio teve 14 dias entre uma partida e outra e… Não vimos nenhuma evolução na mecânica contra o Bragantino, no domingo, pelo contrário.

O time segue cedendo espaços entre as linhas de meio e defesa, falta a “tal” compactação dos setores. Mesmo com dois volantes “marcadores” à frente da área. As falhas individuais de Rodrigo Caio e Reinaldo foram “desgraçadamente” decisivas para a “não vitória”. Mas os problemas da equipe vão muito além dos camisas 30 e 6.

Na peça ofensiva, Soteldo varia entre a ponta esquerda e direita. Tirando isso, falta repertório e, o time, novamente ena Era Renato, torna-se refém de suas individualidades.

Falando nelas, louvado seja Miguel Monsalve. Que jogador, senhoras e senhores! Técnica, improviso, vitória pessoal, imprevisibilidade. O gol em Bragança Paulista é assinatura de um prodígio com potencial de craque. Até agora, informa um jornal de Porto Alegre, o colombiano foi responsável direta e indiretamente por 10 pontos do tricolor no Brasileirão, com suas assistências e gols. O Grêmio adquiriu 80% do “passe” do camisa 11. Comprem o restante pra ontem…

Uma coisa, porém, com algumas restrições, o comandante tem feito com toda correção possível: está escalando os melhores, sobretudo na peça de ataque. É justamente da combinação entre Cristaldo, Monsalve, Soteldo e Braithwaite que tem saído os lampejos ofensivos da equipe. Os próprios gols recentes contra o Massa Bruta tiveram a “assinatura” do quarteto.

Entretanto, não existe almoço grátis. E aqui talvez resida o maior desafio da comissão técnica para o futuro breve. Como manter os “melhores” e aumentar a robustez do time? Menos mal que Renato é muito bem pago para resolver, né? Mesmo assim, temos singelas sugestões, sempre em tom pitaqueiro, é claro! Afinal, quem Soy yo na vila do pão!?

A primeira delas seria marcar um pouco mais à frente. Retomando a bola ainda no campo de ataque, no sistema “perde e pressiona”, o time poderia ampliar a posse e, assim, “defender-se” tendo a “gorducha” em seus domínios. Para tanto, é necessário IN-TEN-SI-DA-DE nos movimentos. Cristaldo, por exemplo, não consegue entregar nesse sentido.

Em dadas partidas, talvez seja necessário “sacrificar” um dos quatro em nome de uma maior robustez defensiva. A presença de um terceiro zagueiro ou de mais um atleta na meia-cancha pode virar alternativa na prancheta de Alexandre Mendes e de Renato. Monsalve precisa de liberdade para performar. Soteldo, idem. Enfim… o que não pode é o time levar gol em praticamente todos os jogos, né?

Voltando às boas notícias, o segundo gol contra o Braga foi de outra “novidade” do tricolor: a afirmação do zagueiro Jemerson. O camisa 28 é o melhor defensor do elenco e deve seguir como referência defensiva do time. Até porque atua com naturalidade pelos 2 lados do campo, além de ser o “beque” com melhor saída de jogo. Concordam?

A maldita enchente ainda ecoa na realidade do Grêmio que, aliás, recém está voltando a jogar em seus domínios, mesmo com público reduzido. A proximidade da zona de rebaixamento é um temor e tanto e alcançar os 45 pontos tornou-se a “Copa do Mundo” da temporada.

Principalmente pela sequência pesadíssima de adversários nos próximos dias: Flamengo, Criciúma, Botafogo, Fortaleza e o clássico Gre-Nal. Com exceção dos catarinenses, os demais estão mais bem colocados na tabela e, sobretudo, com desempenhos superiores ao tricolor gaúcho. Com e sem a bola.

Que venha a primavera! Que o final de Setembro marque o desabrochar do futebol gremista. Que o coletivo potencialize o individual. Que os treinos pesados superem as folgas prolongadas. Que o treinador esteja ainda mais próximo do elenco fora de Porto Alegre, mesmo cumprindo suspensão…

Por fim, reforço aqui os votos postados recentemente nas Redes Sociais:

Parabéns à nação de 3 cores pelos 121 anos de títulos, voltas olímpicas, IMORTALIDADE e taças no armário. Que o presente possa, minimamente, honrar a história e a tradição de um legítimo Tricampeão da América.

Que os deuses da bola digam amém!

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