crise do coronavírus

MC Capella, um voluntário pelas quebradas contra o coronavírus

Luis Carlos Ferreira é MC Capella, da 70

Domingo passado o Luis Carlos Ferreira foi ouvir sua maior conselheira, Sirlei:

– Mãe, eu vou gastar uma gasolina, mas não vai ser à toa: vou ajudar a informar a comunidade.

Luis é o MC Capella, 36 anos, duas décadas de rap, que, duas horas por dia, e voluntariamente, roda na última semana com seu Uno 2001 pelas periferias de Gravataí levando informações sobre o coronavírus e pedindo que as comunidades repeitem o isolamento social.

– O hospital e a UTI estão sempre lotados. Imagina se a gente não fizer nossa parte, vai ser uma tragédia – diz o artista, que herdou ao apelido do Grupo Capella, famoso nas noites dos anos 90 no Forte Clube.

Nos bairros por que passa, ao lado do amigo Adriano Santos Costa e rodando o áudio que gravou no estúdio do primo Marcelo, em Cachoeirinha, o rapper da Monte Belo, parada 70, recebe palmas e gestos de incentivo, mesmo nos últimos dias com a campanha #OBrasilNãoPodeParar.

– Não concorro e nunca vou concorrer a nada, Faço de coração – diz, antes mesmo de ser perguntado, o artista que em seu rap leva uma mensagem de consciência, paz e esperança.

– Não boto dedo na ferida de ninguém. O que procuro fazer é um bom rap, para alegrar do jovem ao velho. Quem vai no show vê como as senhorinhas mandam beijo – diz, sempre de cara boa.

A última composição foi feita para o Breno Garcia, maior loteamento do Minha Casa Minha Vida no Sul do Brasil, que fica na parada 103 de Gravataí. Um clipe, já produzido junto à comunidade de cerca de 10 mil pessoas, logo será lançado online.

Clique aqui para ouvir o Rap do Breno Garcia.

E palmas para o Capella, que num momento dramático tira dinheiro do bolso para, como diz Homem na Estrada, dos Racionais MC's, rodar a cidade por quebradas que para muitos são como “Um pedaço do inferno / Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou”, alertando para, como diz no vídeo, um inimigo perigoso e invisível.

Como bem define o biólogo e doutor em microbiologia Atila Iamarino, a Covid-19 é como uma cobra silenciosa, você não percebe ela chegando. E quando percebe, pode ser tarde.

 

Assista um pouco do Capella pelas ruas

 

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