A Prefeitura de Gravataí cedeu Miki Breier para a Secretaria Estadual da Educação.
O prefeito cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pelo suposto abuso de poder econômico e político na reeleição de 2020 à Prefeitura de Cachoeirinha é servidor municipal concursado desde 10 de abril de 1991, com carga horária de 20h semanais; em outras 20h o professor de filosofia tem lotação como servidor estadual.
A portaria 2756/2022, publicada no Diário Oficial e assinada pelo secretário de Administração, Modernização e Transparência Mauro Bossle Moreira, oficializa a cedência entre 1º de junho até 31 de dezembro de 2022, com ônus para origem.
Enviei WhatsApp para Miki, que não está dando entrevistas, perguntando se voltaria a dar aula ou trabalharia em setor administrativo, mas ele não respondeu.
Ao fim, que trabalhe de cabeça erguida.
Mesmo com a cassação eleitoral, da qual recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o afastamento ainda em 30 de setembro pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, sob suspeita de corrupção apontada pelo Ministério Público nas operações Proximidade e Ousadia, resta ainda um cidadão inocente.
Está lá, no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal de 1988, a presunção de inocência e o direito de defesa tanto ao Papa Francisco, quanto a Susane von Richthofen.
Até um comando judicial definitivo, ninguém é inocentado, e sim segue inocente, como quando ao nascer em solo brasileiro.
Não esperem de mim o caça-cliques. Seja o lado que for da ferradura ideológica, não sou dos que permitem aos políticos – nem a você, que me lê – apenas a presunção de culpa.
Bom trabalho, porque trabalhar nunca é feio, Miki!
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